Economia

Por Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023, país pode taxar super-ricos ou declarar calamidade, diz Guedes

01 set 2022, 12:57 - atualizado em 01 set 2022, 13:26
Paulo Guedes
O projeto orçamentário de 2023 encaminhado ao Congresso pelo governo na quarta-feira previu benefício de cerca de 400 reais  (Imagem: Flickr/Alan Santos/PR)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira que o Auxílio Brasil de 600 reais está garantido para o ano que vem, acrescentando que, para financiá-lo, o país poderá taxar os super-ricos ou, em caso de continuidade da guerra na Ucrânia, declarar novamente estado de calamidade.

O projeto orçamentário de 2023 encaminhado ao Congresso pelo governo na quarta-feira previu benefício de cerca de 400 reais para o ano que vem, mas o governo disse que buscará meios de garantir a manutenção do valor de 600 reais em vigor desde o mês passado após o Congresso ter aprovado estado de calamidade tendo como justificativa as dificuldades impostas à economia pela guerra na Ucrânia.

Em evento no Rio, Guedes disse que as receitas decorrentes de um imposto de renda sobre lucros e dividendos tal como proposto pelo governo e aprovado pela Câmara dos Deputados somariam cerca de 69 bilhões de reais, o que permitira reajustar a tabela do IR para pessoas físicas e pagar o Auxílio Brasil de 600 reais em 2023.

O ministro, porém, ressalvou que não se consideram valores acima de 600 reais para o benefício, citando a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Guedes comemorou o crescimento de 1,2% do PIB no segundo trimestre, afirmando que, mesmo que o país não crescesse nada no segundo semestre –o que segundo ele não vai acontecer–, o PIB aumentaria ao redor de 2,5% em 2022.

O ministro rechaçou visões, segundo ele, pessimistas em relação à atividade econômica, argumentando que neste ano o “freio de mão” da economia está puxado pelos juros mais altos, mas que em 2023 os custos dos empréstimos e a inflação cairão.

(Atualizada às 13:26)

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