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Populismo tarifário derruba ação da Sabesp

27 mar 2018, 18:51 - atualizado em 27 mar 2018, 18:51
Mudança ainda vai passar por consulta e audiência pública, a serem realizadas até o dia 17 de abril

As ações da Sabesp (SBSP3) despencaram 8,6% nesta terça-feira (27) após um reajuste tarifário de 4,8% proposto pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), que veio muito abaixo do esperado. Em novembro, a tarifa preliminar apontava para 7,88%.

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De acordo com a agência, o montante resulta, principalmente, da base regulatória de R$ 38,4 bilhões e de um WACC de 8,11%. A mudança ainda vai passar por consulta e audiência pública, a serem realizadas até o dia 17 de abril, mas não há grande expectativa por uma grande diferença em relação ao que já foi estabelecido.

Na visão do mercado, esta postura do regulador tem um componente político.

“O aumento tarifário menor do que o esperado reforça nossa visão de que, com as próximas eleições estaduais, aumentos de tarifas acima da média são improváveis. No entanto, achamos que essas mesmas eleições podem ser um fator relevante para a Sabesp”, ressaltam os analistas do BTG Pactual Joao Pimentel e Antonio Junqueira.

Gatilho

A Arsesp chegou a propor um modelo de reajuste automático dos preços, que seria acionado sempre que houvesse variação a anormal do consumo médio de água na rede.

O reajuste deveria acontecer sempre que houvesse uma “variação anormal” do consumo médio de água da rede. A decisão era baseada na crise hídrica de 2015-15. Isso representava, na prática, que em caso de queda do consumo, por apresentar efeito negativo nas contas da companhia, o reajuste da tarifa seria superior ao índice da inflação.

A agência explicou que a regra do gatilho visava a garantia do equilíbrio econômico-financeiro da empresa. Para o reajuste, seria considerado o consumo do sistema como um todo, e não de um imóvel específico. Além disso, o ele seria válido para os dois lados, podendo levar a uma queda na tarifa caso houvesse aumento expressivo no consumo de água.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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