Coluna do Vicente Guimarães

Conheça sete fontes para viver de renda passiva

11 dez 2024, 12:03 - atualizado em 11 dez 2024, 12:03
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Renda passiva é aquela renda que o indivíduo ganha sem ter que trabalhar, sem ter que fazer absolutamente nada. Ganha dormindo (Imagem: iStock.com/bluecinema)

Para alcançar a liberdade financeira é preciso primeiro construir uma renda passiva. E essa renda passiva também só é possível se buscarmos as fontes corretas.

A fonte certa é aquela que possibilita multiplicar o patrimônio sem esforço até o momento em que ele atinja tamanho suficiente para que o investidor viva apenas da rentabilidade, sem ter que trabalhar para os outros.

Antes de falar dessas fontes, acho importante explicar a diferença entre renda passiva e renda ativa. Eu começo essa explicação com uma pergunta: O que é melhor, receber R$ 10 mil por mês de renda ativa ou R$ 10 mil por mês de renda passiva? Bem, renda ativa é aquela renda que o indivíduo ganha trabalhando. Ele troca o tempo disponível, o conhecimento e suas habilidades por um pagamento, uma remuneração.

Renda passiva é aquela renda que o indivíduo ganha sem ter que trabalhar, sem ter que fazer absolutamente nada. Ganha dormindo.

Por exemplo, uma pessoa qualquer viaja para a cidade de Orlando, nos Estados Unidos, com a família. Fica lá 15 dias passeando nos parques temáticos, usufruindo do conforto proporcionado pelo resort onde estão hospedados e fazendo compras nas lojas locais.

Então, ele retorna ao Brasil e resolve dar uma olhadinha na conta bancária. Ele vê que caiu algum dinheiro referente a dividendos de ações que ele havia comprado. Ou seja, o dinheiro entrou sem esforço, isso é renda passiva.

Então, a resposta para a pergunta que fiz é simples. Ganhar R$ 10 mil por meio de renda passiva é muito melhor do que por meio de renda ativa. Mas a renda passiva tem de ser construída ao longo dos anos e isso só é possível investindo o dinheiro nas fontes certas.

E agora, que você, caro leitor, sabe o quanto é bom obter liberdade financeira, eu vou listar sete fontes para se obter renda passiva.

A primeira fonte são dividendos de ações, podem ser ações do Brasil, podem ser ações americanas ou de outros países.

Quando o investidor compra ações de uma empresa, ele está, na realidade, tornando-se sócio. As pessoas acham que ação só se compra para ganhar com a valorização dela. Não, na minha visão, isso é consequência de boas escolhas.

O meu maior foco, quando eu invisto em uma empresa, em uma ação, é ganhar dividendos. E é o que qualquer investidor deve fazer. Comprar a ação com o objetivo de ficar com ela a vida toda. E acumular a maior quantidade possível de ações pagadoras de dividendos.

Segunda fonte, dividendos de FIIs, fundos imobiliários. Nesta mesma linha tem também os Fiagros, que são fundos de investimento no agronegócio, e os fundos de investimento em infraestrutura, conhecidos pela sigla FIInfra.

Também dá para investir no mercado imobiliário dos Estados Unidos por meio dos REITs, e obter renda, sendo essa a terceira fonte.

São quatro produtos, três nacionais e um estrangeiro, que possibilitam renda passiva. A vantagem do FII é que se trata de uma renda mensal. O REIT gera renda trimestral.

Outra fonte de renda passiva, a quarta da lista, é a renda fixa com juros semestrais. Algumas rendas fixas, alguns tesouros diretos, oferecem a possibilidade de receber juros a cada seis meses.

Aluguel de imóveis também é uma forma de renda passiva. Mas esta quinta opção é controversa porque muita gente trabalha com isso.

Então, quem compra imóveis para reformar e depois vender ou alugar não está obtendo renda passiva e sim ativa.

Afinal, esse processo dá trabalho e ocupa tempo. Agora, a pessoa comprou um imóvel para investir, alugando-o, e deixou na mão de uma administradora que se responsabilizará por toda a parte de contrato e cobrança, ou seja, o proprietário só vai receber o dinheiro do aluguel todo mês, temos aí uma renda passiva.

O royalty é a sexta fonte de renda passiva. Só que é algo mais complicado. Para ganhar royalty, é preciso escrever um livro, ou ter uma licença, uma patente ou ser um ator que tenha direito de imagem.

Outro exemplo é um compositor que fez uma música e sempre que ela é tocada em um streaming, rádio etc, ele ganha um dinheirinho. Direitos autorais, de imagem, tudo isso está ligado à royalty. Mas como se trata de um segmento mais complexo, menos acessível, essa fonte é pouco interessante.

A sétima fonte de renda passiva, muito fácil, é o aluguel de ações. Através do aplicativo da corretora é possível fazer esse tipo de locação.

Assim que solicitado, automaticamente a corretora vai alugar as ações. Honestamente, essa prática não costuma gerar um dinheirão. Mas é um dinheirinho que vai somando também, vai acumulando e o investidor não tem que fazer nada a não ser esperar o valor cair na conta.

São essas as principais fontes para se obter renda passiva e, consequentemente, a tão sonhada liberdade financeira.

Agora, importante dizer, é preciso saber trabalhar com essas fontes para que o capital investido mês a mês com disciplina e inteligência cresça de forma exponencial.

Lá na frente, depois de uns 15 ou 20 anos, será possível viver somente da rentabilidade que ele gerará mensalmente. Entenda que a renda passiva é algo que precisa ser construído ao longo dos anos.

A vantagem é que ela proporciona a manutenção do poder aquisitivo e da qualidade de vida, ao contrário da aposentadoria, cujos valores pagos são sempre inferiores ao salário dos tempos de trabalho, pois sua função é servir apenas como meio de subsistência.

Agora que você conhece as fontes que proporcionam renda passiva, o próximo passo é aprender como explorá-las da melhor forma.

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CEO da VG Research
Vicente Guimarães é Doutor em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com mais de 20 anos de experiência no mercado corporativo e financeiro. Em 2018, lançou seu canal no YouTube que atualmente possui mais de 220 mil inscritos. O sucesso do seu conteúdo inspirou a criação da VG Research, casa de análise que já orientou mais de 20 mil clientes.
vicente.guimaraes@moneytimes.com.br
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Vicente Guimarães é Doutor em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com mais de 20 anos de experiência no mercado corporativo e financeiro. Em 2018, lançou seu canal no YouTube que atualmente possui mais de 220 mil inscritos. O sucesso do seu conteúdo inspirou a criação da VG Research, casa de análise que já orientou mais de 20 mil clientes.
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