Política

Políticos comentam Declaração à Nação de Bolsonaro

09 set 2021, 18:36 - atualizado em 09 set 2021, 20:35
Jair Bolsonaro
As declarações constam de uma Declaração à Nação publicada dois dias depois de Bolsonaro atacar duramente Moraes durante manifestação com apoiadores em São Paulo (Imagem: Flickr/Edu Andrade/Ascom/ ME)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que pessoas que exercem o poder não têm o direito de “esticar a corda” a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia, ao mesmo tempo que disse que nunca teve a intenção de agredir quaisquer dos Poderes.

Bolsonaro acrescentou que boa parte das divergências que têm causado conflitos decorrem de entendimentos a respeito de decisões adotadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das fake news.

As declarações constam de uma Declaração à Nação publicada dois dias depois de Bolsonaro atacar duramente Moraes durante manifestação com apoiadores em São Paulo e afirmar que não mais acataria decisões do magistrado.

Veja a seguir comentários sobre as declarações de Bolsonaro.

Senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Presidente do Congresso Nacional:

“A Declaração à Nação do presidente Jair Bolsonaro, afirmando inclusive que a ‘harmonia entre os Poderes é uma determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar’, vai ao encontro do que a maioria dos brasileiros espera.”

“Respeito entre os Poderes, obediência à Constituição e compromisso de trabalho árduo em favor do desenvolvimento do país. É disso que o Brasil precisa e que vamos continuar defendendo.”

Senadora Simone Tebet (MDB-MS):

“Primeiro que ele deu realmente um tiro no pé, o 7 de Setembro não foi bom pra ele, foi bom para a minoria dele, foi péssimo para quem já estava indeciso, ficou assustado, percebeu isso.”

“O meio político deu uma resposta contundente de que não aceitaria e o Judiciário, e ele teve que recuar. Bom, ele não tinha saída. Na realidade, ele estava diante de um xeque.”

“Conseguiu mover a peça para evitar um xeque-mate. Só que ele consegue temporariamente alguma coisa no meio político, mas ainda assim ele perde, ou talvez perca aquilo que era a única coisa que ele tinha. Grande parte do público dele é um público do radicalismo, são os 10% que não estão entendendo e não vão entender essa carta. Vão se sentir abandonados como aconteceu com os caminhoneiros.”

Deputado Marcelo Ramos (PL-AM), Primeiro Vice-Presidente da Câmara:

“Não julgarei as motivações do presidente pra emitir a Nota Oficial em que pede desculpas e tenta uma pacificação. Há um país real muito sofrido esperando capacidade de enfrentar o desemprego, a fome e a inflação. Se o recuo do presidente servir a esses objetivos, vamos em frente.”

“Que não sejam só palavras jogadas ao vento, como foram as últimas vezes e que não sirva para apagar todos os crimes cometidos até aqui.”

Ciro Nogueira, Ministro da Casa Civil:

“A harmonia e o diálogo entre os Poderes compõem as bases nas quais se sustenta nosso país. O gesto do presidente Jair Bolsonaro demonstra que estamos unidos no trabalho pelo que mais importa, a recuperação do nosso país e o cuidado com os brasileiros.”

Fernando Haddad, Ex-Candidato do PT à Presidência:

“Quanto tempo vai levar para Bolsonaro produzir uma nova crise, prejudicar ainda mais o país e em seguida pedir arrego? O país já aguentou três anos dessa estupidez. Não é o bastante?”

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