Policiais do Ceará encerram paralisação após quase duas semanas
Policiais militares do Ceará decidiram na noite de domingo encerrar um motim em busca de aumentos salariais que durava quase duas semanas e provocou uma forte alta nos índices de violência no Estado.
“Recebo com satisfação a notícia sobre o fim da greve dos policiais no Ceará. O Governo Federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do Estado. Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos. Parabéns a todos”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em publicação no Twitter.
Recebo com satisfação a notícia sobre o fim da greve dos policiais no Ceará.O Gov Federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do Estado.Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos. Parabéns a todos
— Sergio Moro (@SF_Moro) March 2, 2020
De acordo com o portal de notícias G1, os policiais que ainda estavam amotinados no 18º Batalhão da PM, em Fortaleza, votaram a favor do fim do movimento após proposta apresentada por uma comissão de negociação formada por membros dos três Poderes.
O governo do Ceará não atendeu à principal reivindicação dos policiais para encerrar o motim, que era a anistia aos militares envolvidos no movimento, mas ainda assim a maioria dos PMs que votou decidiu pela volta ao trabalho, de acordo com o G1.
O motim levou o governo federal a decretar uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Ceará no dia 20 de fevereiro, a pedido do governo do Estado, que fora revogada na sexta-feira.
De acordo com dados da Secretaria de Segurança do Estado, entre os dias 19 e 25 deste mês, com o motim dos PMs no Ceará, 195 pessoas foram assassinadas no Estado. Antes do movimento, a média era de 8 mortes por dia.