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Polícia prende 4 por suspeita de envolvimento em furto de dutos da Petrobras

24 set 2019, 18:10 - atualizado em 24 set 2019, 18:10
Transpetro Petrobras
Na primeira e segunda fases da Operação Graciosa, quatro pessoas suspeitas foram presas (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Quatro pessoas foram presas nesta terça-feira acusadas de envolvimento com uma quadrilha especializada em furto de combustíveis em dutos da Petrobras (PETR4), no Rio de Janeiro, informou a polícia.

Entre os presos estão um dono de postos de combustíveis, apontado como receptor do produto furtado de dutos da Petrobras, e um policial militar. Um quinto suspeito está foragido.

As prisões ocorreram no âmbito da Operação Graciosa III, visando o cumprimento de cinco mandados de prisão e nove de busca e apreensão.

O ponto de partida para essa operação foi um grande vazamento de combustível em abril deste ano, após uma nova tentativa de furto de combustíveis em dutos da Petrobras, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Na ocasião, uma menina de 9 anos entrou em contato por longo tempo com combustível em alta temperatura e morreu após ter cerca de 90 por cento do corpo queimado.

Na primeira e segunda fases da Operação Graciosa, quatro pessoas suspeitas foram presas.

Os casos de furtos a oleodutos da Petrobras subiram para um recorde de 261 nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo no ano passado, contra apenas um caso em 2014, de acordo com informações da empresa.

A escalada de crimes foi tamanha que a subsidiária de transporte da Petrobras, a Transpetro, criou um programa para reunir informações sobre grupos criminosos e está gastando 100 milhões de reais por ano para financiá-lo.

Dentre as consequências dos furtos, segundo a Transpetro, estão possíveis incêndios, explosões, vazamentos, poluição e contaminação de áreas ambientalmente sensíveis.

O aumento da vigilância parece estar valendo a pena. Até o fim de julho, os crimes envolvendo combustível no Brasil caíram 33% em comparação com o mesmo período de 2018, mostram dados da Petrobras, embora continuem altos pelos padrões históricos.

Mas os casos continuam aparecendo. Na véspera, a Transpetro informou que havia estancado vazamento do duto Osduc, em Rio das Ostras (RJ), alvo de uma ação de furto de petróleo no domingo.