Polícia Federal vai investigar manipulação de partidas de futebol; veja os jogadores acusados e as possíveis penas
Após a revelação de suposto esquema de manipulação de partidas de futebol no país, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou, na noite desta quarta-feira (10), que a Polícia Federal (PF) investigue o caso. Até o momento, sete jogadores se tornaram réus na Justiça por suposto envolvimento na prática criminosa.
Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis.
— Flávio Dino ?? (@FlavioDino) May 10, 2023
O esquema criminoso foi revelado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que, em abril deste ano, encontrou indícios de acordos feitos entre jogadores e apostadores envolvendo o pagamento de milhares de reais. Segundo o MP-GO, pelo menos 13 partidas de futebol foram manipuladas entre 2022 e 2023.
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Diante disso, a Justiça tornou réus 16 pessoas supostamente envolvidas na manipulação de resultado de partidas de futebol, entre atletas profissionais e apostadores.
Entre os jogadores acusados de participarem do esquema estão:
- Eduardo Bauermann (Santos)
- Fernando Neto (São Bernardo)
- Gabriel Tota (Ypiranga-RS)
- Igor Cariús (Sport)
- Matheus Gomes (Sergipe)
- Paulo Miranda (Náutico)
- Victor Ramos (Chapecoense)
Ao todo, o MP relata a prática de 23 atos criminosos, como a promessa de pênaltis e faltas para receber cartões em troca de pagamentos em dinheiro.
Os atletas envolvidos no esquema estão sujeitos a penas criminais e esportivas.
Na Justiça comum, a punição pode chegar a seis anos de prisão, além de pagamento de multa. Na esfera desportiva, a penalidade varia de 180 a 720 dias de suspensão e multa de até R$ 100 mil, podendo resultar no banimento do futebol em caso de reincidência.
Por enquanto, tanto os clubes de futebol como as casas de apostas são tratadas como vítimas pela Justiça.