Política

Polícia Federal faz busca e apreensão na casa de Bolsonaro; entenda o caso

03 maio 2023, 7:52 - atualizado em 03 maio 2023, 7:53
Policia Federal
Ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de operação da Polícia Federal, mas não chegou a ser preso pelos agentes. (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)

A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira (3) mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília, no âmbito de operação para investigar inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas da Saúde, de acordo com fonte.

Até o momento, Bolsonaro não se posicionou em suas redes sociais. O ex-presidente voltou a cena nesta semana após aparição na Agrishow, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

De acordo com a fonte, na mesma operação foram presos o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o segurança do ex-presidente Max Guilherme.

Em comunicado sobre a operação que não menciona os nomes dos suspeitos, a PF informou que estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro, além de análise do material apreendido durante as buscas e realização de depoimentos de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos.

A operação “Venire” busca esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde.

As inserções falsas ocorreram, segundo a PF, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, e provocaram “alteração da verdade” sobre a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlar as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19”, explicou a PF.

Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores, explicou a Polícia Federal.

(Com Reuters)