Polícia de Nova York dá detalhes sobre uso de software para análise de transações cripto
Na última semana, o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD, na sigla em inglês) publicou um documento de seis páginas que destaca sua política de uso para a análise de transações com criptomoedas.
O uso de tais ferramentas pelo NYPD, proveniente de alguns “vendedores aprovados” anônimos, não havia sido divulgado até agora.
O anúncio faz parte de uma ampla divulgação sobre o impacto e as políticas de uso relacionadas a recursos de supervisão.
Em junho de 2020, a Câmara Municipal de Nova York aprovou uma lei, exigindo que o NYPD fornecesse detalhes sobre o uso de tal tecnologia, incluindo softwares de reconhecimento facial e drones.
No documento, que data de 11 de janeiro, o NYPD disse “utilizar ferramentas de análise de criptomoedas para automatizar a pesquisa por informações relacionadas a transações com criptoativos em prol de investigações criminais”.
O departamento acrescentou que tais recursos “devem ser usados de forma consistente com requisitos e proteções da Constituição dos Estados Unidos, do estado de Nova York e de autoridades oficiais aplicáveis”.
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Segundo o documento, o NYPD limita o acesso a ferramentas de análise de criptomoedas, bem como os dados transacionais coletados:
Informações sobre transações com criptomoedas são mantidas em ou sistema computacional ou de gestão de casos do NYPD.
Apenas usuários autorizados têm acesso a informações de transações com criptomoedas. A equipe do NYPD que usa sistemas computacionais ou de gestão de casos são autenticadas com nome de usuário e senha.
O acesso a esses sistemas é limitado a funcionários que têm necessidade articulável de acessar o sistema em prol de obrigações morais e legais. Direitos de acesso a esses sistemas do NYPD são limitados com base em obrigações morais e legais.
O documento não dá detalhes específicos sobre os tipos de crimes investigados usando softwares de análise de transações.
No passado, o NYPD emitiu alertas públicos sobre golpes por telefone envolvendo pagamentos em bitcoin e a força policial esteve envolvida em uma investigação em 2019 sobre ataques de troca de chip e o roubo de US$ 1 milhão em criptomoedas.