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Polícia chinesa confisca US$ 3,8 milhões em cripto de site de apostas da rede EOS

15 abr 2021, 16:06 - atualizado em 15 abr 2021, 16:06
A plataforma EOS, criada pela Block.One, é uma rede global e computacional desenvolvida para hospedar aplicações descentralizadas (dapps) e corporações autônomas descentralizadas (DACs) (Imagem: Medium/EOSIO)

A polícia chinesa da cidade de Yancheng, na província de Jiangu, prendeu um grupo de desenvolvedores por trás de um aplicativo descentralizado (dapp) de apostas que operava na rede EOS.

Nesta quinta-feira (15), a polícia de Jiangsu, o mesmo departamento que deteve o esquema Ponzi PlusToken em 2020, anunciou ter prendido 15 pessoas e, consequentemente, confiscado 1,3 milhões de unidades de EOS e BTC, equivalentes a 26 milhões de yuans, ou US$ 3,8 milhões.

O dapp, chamado Biggame, permitia que jogadores usassem contratos autônomos para realizar apostas em diversos jogos, como Dice e Texas Hold’em.

Entre junho de 2018 e dezembro de 2020, a equipe por trás do Biggame alegadamente lucrou a partir de operações com criptoativos equivalentes a 60 milhões de yuans, ou quase US$ 10 milhões, segundo as autoridades.

Parece que a polícia de Jiangsu também se tornou cada vez mais habilidosa com a tecnologia de perícia em blockchain, desenvolvendo sua experiência no caso da PlusToken.

Autoridades afirmaram que, após estabelecerem o caso em novembro, analisaram 27 milhões de transações on-chain (no blockchain) que interagiam com 26 endereços de contratos autônomos associados ao Biggame e localizaram quatro contas na EOS como os principais suspeitos.

A prisão é o mais recente exemplo do amplo “Movimento de Limpeza da Internet” das autoridades chinesas, que visa reprimir quaisquer atividades ilícitas on-line, desde esquemas de apostas e Ponzi a fraudes de telecomunicação e lavagem de dinheiro.

Em março, tais iniciativas tiveram um efeito inibidor no setor de criptomoedas na China.

Desde o quarto trimestre de 2020, um crescente número de decisões judiciais mostra que quase cem pessoas foram acusadas por deliberadamente lavarem dinheiro por meio de mesas de negociação em mercado de balcão (OTC) que envolviam mais de US$ 30 milhões na stablecoin USDT da Tether.