Polêmica dos testes rápidos da Covid-19 ofertados pelos planos de saúde chega à Câmara
A comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha ações de combate ao novo coronavírus discute nesta terça-feira (21) a cobertura de exames sorológicos por planos de saúde.
Em maio, especialistas ouvidos pela comissão foram unânimes em defender a testagem em massa da população como estratégia de combate à pandemia de Covid-19. Eles alertaram, porém, sobre a possibilidade de falso negativo dos chamados testes rápidos.
Os testes moleculares (ou RT-PCR), feitos a partir da coleta de mucosa do nariz e da garganta, permitem a detecção do vírus já nos primeiros dias da doença. Já os testes rápidos (ou sorológicos), feitos a partir da coleta de sangue, detectam anticorpos – ou seja, se a pessoa já teve contato com o vírus -, mas apenas cerca de dez dias após o contato.
No fim do mês passado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu o teste sorológico na lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde. No entanto, uma decisão judicial suspendeu a decisão da agência.
O debate desta terça será realizado por videoconferência, a partir das 10 horas.
Foram convidados para discutir o assunto com os deputados, entre outros:
– o diretor-presidente-substituto da ANS, Rogério Scarabel Barbosa;
– o gerente-geral de Regulação Assistencial da agência, Teófilo José Machado Rodrigues; e
– a diretora-executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Teresa Liporace