PMI oficial da China recua 50,1 em agosto
As empresas e a economia da China ficaram sob crescente pressão em agosto uma vez que a atividade industrial expandiu a um ritmo mais lento enquanto o setor de serviços caiu em contração, levantando a possibilidade de mais suporte no curto prazo para impulsionar o crescimento.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial de indústria caiu a 50,1 em agosto de 50,4 em julho, mostraram nesta terça-feira dados da Agência Nacional de Estatísticas, permanecendo por pouco acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Analistas consultados pela Reuters esperavam recuo a 50,2.
“Os PMIs piores do que o esperado aumentam a convicção de nossa visão de que a desaceleração do crescimento no segundo semestre pode ser bastante notável”, escreveram economistas do Nomura em nota.
“Esperamos que Pequim mantenha sua combinação de ‘aperto direcionado’ para alguns setores, especialmente o setor imobiliário e indústrias altamente poluentes, complementado por ‘afrouxamento universal’ para o resto da economia.”
O PMI de indústria mostrou que a demanda caiu com força, com contração das novas encomendas e uma medida de novas encomendas para exportação caindo a 46,7, menor leitura em mais de um ano. As fábricas também dispensaram trabalhadores, no mesmo ritmo de julho.
Somando-se aos sinais de desaceleração econômica, as restrições relacionadas à Covid-19 levaram o setor de serviços a uma forte contração pela primeira vez desde o ápice da pandemia em fevereiro do ano passado.
O PMI oficial de serviços ficou em 47,5 em agosto, bem abaixo da marca de 53,3 de julho, mostraram os dados da agência.
O PMI Composto oficial, que inclui tanto a atividade industrial quanto a de serviços, caiu a 48,9 em agosto de 52,4 em julho.