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Pleito é de equalização no Plano Safra como 2014, diz Fávaro

24 maio 2023, 16:53 - atualizado em 24 maio 2023, 16:53
Plano Safra
Fávaro afirmou que Haddad reconheceu a necessidade de um Plano Safra robusto, mas disse que serão necessários estudos (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, evitou divulgar o montante em subsídios para o Plano Safra 2023-2024 pedido ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas sinalizou que a pasta quer uma equivalência com o valor de equalização da temporada de 2014, ainda no governo Dilma Rousseff.

Segundo Fávaro, naquela temporada, o montante em subsídios do programa foi de R$ 11,6 bilhões, o que daria R$ 18 bilhões hoje, corrigidos pela inflação.

No total, para a safra atual, o governo federal tem entre R$ 12,5 bilhões e R$ 13 bilhões para equalização de juros, considerando todos os ministérios envolvidos e as suplementações realizadas.

A Confederação Nacional da Agropecuária (CNA) tem demandado R$ 25 bilhões para subsidiar as taxas de juros no financiamento rural na safra 2023-2024.

“Se fizesse correção de 2014 para 2022, seria algo em torno de 18 bilhões, foi em torno de 3,8 bilhões. Foi um Plano safra muito aquém da realidade brasileira, talvez imperceptível porque os preços estavam altos, o que não acontece hoje”, disse, em conversa com jornalistas após reunião com Haddad na sede da Fazenda, em Brasília. “Se quisermos manter ritmo de crescimento, força da economia impulsionada pela agropecuária, nós precisamos ter um Plano Safra, e nosso pleito é pelo menos a equivalência do que foi 2014”, completou.

Fávaro afirmou que Haddad reconheceu a necessidade de um Plano Safra robusto, mas disse que serão necessários estudos.

O ministro da Fazenda, segundo seu par da Agricultura, disse que a equipe vai estudar o tema por uma semana e fazer uma contraproposta para a Agricultura em termos de equalização do Tesouro.

Segundo o ministro da Agricultura, é necessária maior participação do Estado em um momento em que os preços de commodities estão caindo, se tornando incompatíveis com os custos de produção.

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