Plataforma de e-commerce Infracommerce contrata bancos para IPO, dizem fontes
A plataforma de comércio eletrônico Infracommerce contratou bancos de investimento para administrar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) depois que a empresa atraiu uma avalanche de clientes em busca de vendas online com a crise gerada pela pandemia.
A empresa escolheu BTG Pactual (BPAC11) e Itaú Unibanco (ITUB4) para coordenar a oferta, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto. A Infracommerce não quis comentar o assunto.
Provedor de tecnologia, marketing, logística e pagamentos para marcas interessadas em vender online — muito semelhante à canadense Shopify — a Infracommerce viu um boom na demanda por seus serviços em meio às medidas de isolamento social.
Com base nas métricas de avaliação da Shopify, a Infracommerce pode chegar a valer mais de 1 bilhão de dólares, disse uma das fontes, já que a Shopify é negociada a mais de 750 vezes seu lucro nos últimos 12 meses, segundo dados da Refinitiv. Entre seus clientes estão Ambev (ABEV3), Nike e Unilever, diz a empresa.
Os recursos arrecadados no IPO devem financiar o crescimento no Brasil, que tem sido maior do que o esperado devido aos efeitos da pandemia, de acordo com uma entrevista no ano passado com seu fundador, bem como a expansão internacional. A Infracommerce atua no México, Colômbia e Argentina, além do Brasil.
Fundada pelo alemão Kai Schoppen em 2012, a Infracommerce tem entre seus investidores os fundos de capital de risco Flybridge Capital Partners e Igah Ventures (ex-e.Bricks Ventures).
Em 2019, na mais recente rodada de captação, a empresa atraiu também indivíduos de alta renda como Pedro Jereissati, acionista e conselheiro da rede de shoppings Iguatemi (IGTA3), e Guilherme Weege, dono da confecção Malwee.