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Plataforma de e-commerce da Shopee vai encerrar operações na Índia

28 mar 2022, 14:00 - atualizado em 28 mar 2022, 14:00
Shopee China
A Shopee disse em comunicado que sua retirada ocorreu “em vista das incertezas do mercado global” e que a empresa tornaria “o processo o mais suave possível” (Imagem: Shutterstock/shutter_o)

A empresa de comércio eletrônico e jogos Sea, da Shopee, disse nesta segunda-feira que está se retirando do mercado de varejo da Índia, meses após iniciar as operações no país, no segundo revés neste mês em uma campanha de expansão no exterior, já que a empresa enfrenta fracas perspectivas de crescimento.

A retirada, efetiva a partir de 29 de março, ocorre semanas após a Shopee anunciar a saída da França e depois que a Índia proibiu o popular aplicativo de jogos “Free Fire”, da Sea.

A Shopee disse em comunicado que sua retirada ocorreu “em vista das incertezas do mercado global” e que a empresa tornaria “o processo o mais suave possível”.

No início deste mês, Sea disse que o crescimento da receita de seus negócios de comércio eletrônico deve cair pela metade para cerca de 76% neste ano, ante 157% em 2021, à medida que mais países emergem da pandemia.

Os negócios da Shopee na Índia começaram em outubro de 2021 como parte de um impulso internacional agressivo. O valor de mercado da Sea na época era de 200 bilhões de dólares. Desde então, caiu para 64,76 bilhões de dólares.

Uma pessoa familiarizada com a empresa disse que a decisão de sair da Índia foi desencadeada em parte por um escrutínio regulatório mais rigoroso, como o banimento do aplicativo de jogos Free Fire, parte de uma repressão a empresas que supostamente enviam dados para servidores na China.

A pessoa disse que a Shopee planejava investir até 1 bilhão de dólares na Índia e que a retração prejudicaria as empresas de logística indianas com as quais assinou contratos lucrativos.

A empresa, solicitada a comentar o número, contestou o número como “não preciso”, sem dar detalhes, dizendo que “a decisão sobre o Shopee India não tem nada a ver com questões regulatórias”.

As ações caíam 1,8% após a notícia.

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