Agronegócio

Plantio de soja segue atrasado com RS segurando ritmo, diz Arc Mercosul

22 nov 2019, 15:48 - atualizado em 22 nov 2019, 15:48
A consultoria notou preocupações com o tempo seco do sul de Mato Grosso até o norte de São Paulo, nesta semana (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O plantio de soja no Brasil na safra 2019/20 avançou nesta semana para 77,3% da área total estimada, um crescimento de 6,4 pontos percentuais ante a semana anterior, de acordo com dados da consultoria Arc Mercosul divulgados nesta sexta-feira.

Em meio a chuvas mais escassas, os trabalhos seguem em ritmo mais lento ante o mesmo período da safra passada (89,6%) e versus a média histórica para a época (80,5%).

Com o plantio na fase final em Mato Grosso e Paraná, as atenções se voltam para o Rio Grande do Sul, que forma com os outros dois Estados a trinca dos três maiores produtores da oleaginosa do Brasil.

No território gaúcho, o plantio avançou para apenas 38% da área projetada nesta semana, ante 67,8% no mesmo período do ano passado e 52% da média histórica, disse o diretor da Arc Mercosul, Matheus Pereira.

Ele explicou que o Rio Grande do Sul teve há algumas semanas excesso de chuvas, o que afetou a largada dos trabalhos, e mais recentemente ficou seco, o que prejudicou as atividades nesta semana.

A consultoria notou preocupações com o tempo seco do sul de Mato Grosso até o norte de São Paulo, nesta semana.

Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz Pereira, a maior preocupação, por ora, é com o plantio da segunda safra de milho, semeada após a colheita de soja.

“Houve problemas pontuais na soja, no Paraná alguns municípios tiveram replantio grande, mas não vemos isso afetar tanto a produção final de soja”, declarou.

“O que poderá trazer problemas, o que estamos preocupados é com a segunda safra, que vai ser plantada mais tarde, em decorrência do atraso da chuvas para a soja. O meu caso, por exemplo, vou ter que plantar o milho fora da janela ideal, e tem alto risco de as chuvas cortarem mais cedo e não atingir a produtividade esperada (na safra de milho)”, afirmou ele, que tem propriedade em Goiás.

Segundo o presidente da Aprosoja, com o atraso na soja e consequentemente no milho, o cereal poderá ser plantado em algumas áreas fora do zoneamento climático, o que pode deixar parte da cultura sem seguro agrícola.

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