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Plantio de milho do Paraná atinge 22% da área, colheita de trigo vai a 12%, diz Deral

06 set 2022, 14:09 - atualizado em 06 set 2022, 15:14
Milho
O Paraná planta mais milho na segunda safra, uma vez que a maioria dos agricultores se dedica à soja na primeira (Imagem: Pixabay/sspiehs3)

O plantio de milho primeira safra do Paraná na temporada 2022/23 atingiu até segunda-feira 22% da área total estimada para o Estado, de 406,4 mil hectares, em ritmo acelerado pelas condições de umidade, apontou nesta terça-feira levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), do governo.

Até a semana passada, produtores paranaenses tinham semeado apenas 7% da área.

“As condições de clima são favoráveis, principalmente na região sul do Estado, e isso acelerou o plantio do milho primeira safra. Neste momento, temos condições ideais de umidade para o plantio”, afirmou Edmar Gervásio, especialista do Deral.

O Paraná recebeu chuvas próximas da média histórica nos últimos sete dias, principalmente no centro-sul do Estado, segundo dados meteorológicos do terminal Eikon, da Refinitiv. Ao norte paranaense, as precipitações foram mais escassas.

O Estado, assim como outros produtores de grãos do Brasil, planta mais milho na segunda safra, uma vez que a maioria dos agricultores se dedica à soja na primeira.

O plantio da soja pode ocorrer a partir de 10 de setembro no Paraná, segundo critérios definidos pelo vazio sanitário, estabelecido para evitar propagação do fungo da ferrugem.

A meteorologia aponta mais chuvas para os próximos sete dias, especialmente no centro-sul do Paraná, o que deve favorecer a implantação das primeiras lavouras de soja de 2022/23, segundo dados do Eikon.

Trigo

Já a colheita de trigo do Paraná, um dos principais produtores do Brasil, avançou para 12% da área, processo que deve ajudar a regularizar a oferta para moinhos, que lidam com custos elevados. Na semana anterior, os trabalhos estavam em 5%.

Segundo o agrônomo do Deral Carlos Hugo Godinho, as chuvas são uma “ameaça” para a qualidade do trigo que está perto de colheita, mas não são um problema neste momento, uma vez que produtores anteciparam o que puderam antes de as precipitações ficarem mais frequentes.

Ele disse que, embora tenha ocorrido “manutenção” numérica das condições ante a semana anterior, isso aconteceu em meio à colheita de parte das lavouras que estavam “ruins” há uma ou duas semanas, no norte.

“Agora, esses 3% ruins se concentram mais no sudoeste/oeste, em função da geada”, acrescentou.

O Estado tem 78% das áreas de trigo em boa condição, enquanto 19% está em média, segundo o Deral.

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