Planos de saúde aumentam e Hapvida (HAPV3) respira aliviada
O aumento nos planos de saúde estabelecido nesta segunda-feira (12) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deverá ajudar o índice de sinistralidade médica (MLR) de Hapvida (HAPV3) a melhorar gradualmente, conforme o Itaú BBA.
O analista Vinicius Figueiredo destacou que o impulso deve acontecer visto que os planos individuais da Hapvida representam 17% da base de planos da empresa combinada com NotreDame Intermédica.
O reajuste máximo nos planos de saúde individuais e familiares ficou em 9,63%. Conforme a ANS, o percentual é o teto válido para o período entre maio de 2023 e abril de 2024. A mudança atingirá quase 9 milhões de beneficiários, ou 18% da base de beneficiários de planos de saúde no Brasil.
“Note-se que a fórmula utilizada para estabelecer a taxa anunciada incorpora o aumento dos custos médicos para o sistema de saúde privado, bem como a inflação em 2022”, diz Figueiredo.
Alívio ao setor
O BBA avalia que custos elevados e níveis ainda altos de frequência de procedimentos têm afetado negativamente a lucratividade do setor de planos de saúde nos últimos trimestres.
Segundo dados da ANS, o MLR do setor de saúde foi de 89% em 2022, contra 85% em 2019. Além disso, os reajustes de preços mais expressivos só estão começando a afetar o ticket médio agora, conforme o BBA.
“Os reajustes anunciados no segmento de pessoa física, aliados ao aprofundamento das negociações de reajustes nos planos PME (pequenas e médias empresas) devem trazer algum alívio para o setor de planos de saúde neste ano, principalmente a partir do 2S23”.