Plano Safra 23/24: FPA pede R$ 25 bi mas deve se contentar com R$ 20 bi

A semana que se inicia nesta segunda-feira (12) deve marcar uma série de reuniões entre a Frente Parlamentar da Pecuária (FPA), o Ministério da Fazenda e o Banco Central sobre o Plano Safra 2023/2024.

O programa, que deve ser anunciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no fim de junho, permite o financiamento da atividade agrícola no Brasil.

Assim, o Agro Times conversou com o presidente da bancada ruralista sobre os volumes solicitados nesta safra para a composição do Plano Safra.

Na visão de Lupion, os primeiros meses do governo Lula foram difíceis para o setor, já que o agro enfrentava um certo revanchismo para o líder da bancada.

“Apesar do começo conturbado, nós vimos o presidente demonstrar respeito, um certo grau de apreço pelo agro durante a Bahia Farm Show. Com isso, conseguimos criar conexões tão necessárias junto ao governo e ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro”, pontua.

Segundo o presidente da FPA, o setor pede cerca de R$ 25 bilhões para composição do Plano Safra 2023/2024.

“Sabemos que será difícil chegarmos neste valor, o Ministério da Agricultura tem falado em valores em torno de
R$ 16 bilhões e R$ 18 bilhões, mas eu acredito que se chegarmos próximos de R$ 20 bilhões seria algo positivo para fazermos a equalização dos juros, principalmente do seguro rural”, avalia Lupion.

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Plano Safra baixo carbono

Em suas últimas declarações, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reforçou que o novo plano agrícola deve beneficiar os produtores que investem em práticas de mitigação de carbono. No entanto, Lupion vê de forma negativa os benefícios que não foram concedidos por produtores que conservam há anos.

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“Os acordos de créditos de carbono falam de adicionalidade, ou seja, o que o produtor rural já preservou das décadas
passadas como plantio direito e boas práticas na lavoura não estão sendo levadas em conta no Plano Safra. Infelizmente, essa é uma narrativa abraçada pelo governo e apoiada pelo Ministério do Meio Ambiente da Marina Silva”, conclui.