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Plano Safra 23/24: FGV destaca armazenagem, política ambiental e Pronamp

27 jun 2023, 15:57 - atualizado em 27 jun 2023, 15:57
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De acordo com pesquisador da FGV, a expectativa fica para o volume de recursos presentes no programa do seguro rural (Imagem: Pixabay/glarcombe)

Nesta terça-feira (27), o Governo Federal lançou o Plano Safra 2023/2024 empresarial, com volume de R$ 364 bilhões.

Amanhã (28), está previsto o lançamento do Plano Safra para agricultura familiar, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Sobre o programa empresarial, o Agro Times ouviu Felippe Serigati, professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP) e pesquisador do Centro de Agronegócios da FGV (FGV Agro).

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Para Serigati, apesar do bom volume de recursos ofertados, ainda há dúvidas quanto ao montante de equalização, que deve ser anunciado amanhã.

“Essa informação é importante, pois é o custo desse financiamento que deixará claro se os recursos ofertados são financeiramente viáveis ou não. Mas, no geral, foi um bom volume ofertado, com destaque para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e armazenagem”, disse.

O pesquisador da FGV destacou ainda a concessão de um prêmio para os produtores que atenderem alguns critérios associados à legislação ambiental como:

  • (i) Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado;
  • (ii) Não ter passivo ambiental, passível de emissão de cota de reserva ambiental;
  • (iii) Se enquadrar no Programa de Regularização Ambiental (PRA).

Taxas de juros e seguro rural

Na visão de Serigati, as linhas de juros divulgadas estão elevadas, no mesmo patamar observado no último Plano Safra.

“O setor certamente gostaria de linhas de crédito mais acessíveis, mas a realidade é que a Selic ainda está alta e o Banco Central só poderá iniciar o ciclo de redução dessa taxa quando as expectativas de inflação para 2024 forem ancoradas em torno da meta daquele ano”, explica.

Por fim, Serigati diz que a grande expectativa fica para o volume disponibilizado para o Seguro Rural, já que as instabilidade climáticas têm se mostrado mais frequentes.

“Assim, além de conferir maior estabilidade da renda e todas as regiões em que o agro é a atividade econômica predominante, o seguro rural também facilita que o setor consiga incorporar novas tecnologias, que aumentam a produtividade média, bem como tornam a produção mais resistente às próprias intempéries”, finaliza.

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