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Plano estratégico reforça que Petrobras está no caminho certo, diz BB

02 dez 2020, 18:13 - atualizado em 02 dez 2020, 18:13
Petrobras
Além disso, a Petrobras apresentou um plano de ESG (sigla em inglês de Ambientais, Sociais e Governança), que foi elogiado por analistas (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O plano estratégico da Petrobras (PETR3;PETR4) para 2021 a 2025 reforçou a visão positiva do BB Investimentos em relação ao futuro da maior companhia do Brasil.

O evento, que contou com a participação do CEO, Roberto Castello Branco, e demais membros da diretoria executiva, reiterou a ideia de que a empresa segue com o seu plano de desinvestimento.

Além disso, a Petrobras apresentou metas de ESG (sigla em inglês de Ambientais, Sociais e Governança), que foi elogiado por analistas, visto que o indicativo passará a ter cada vez mais importância para as companhias.

“No plano de negócios, destacamos positivamente e inclusão de métricas como a intensidade de emissões como elemento na remuneração variável dos empregado”, afirma o analista Daniel Cobucci, que assina o relatório.

Porém, ele chama atenção para o fato de a meta de redução de gás carbônico até 2030 ter como referência o ano de 2015, cujos valores são consideravelmente mais altos do que em 2019.

“Assim, a meta para 2030 já está praticamente cumprida, com uma diferença de apenas 0,6% ante ao valor mais recente”, diz.

Investimentos

O total de investimentos previsto para 2021-25 é de US$ 55 bilhões, sendo US$ 46,5 bilhões (84%) dedicado a Exploração e Produção (E&P), com 70% deste valor destinado ao pré-sal.

“A empresa optou por um conservadorismo nos projetos, que agora precisam ser viáveis com o petróleo tipo Brent acima de US$ 35/barril”, afirma.

Segundo Cobucci, o investimento menor em exploração é bom para favorecer a geração de caixa e dividendos. Porém, ascende um sinal amarelo, já que as reservas de petróleo vêm diminuindo nos últimos anos.

Dividendos

A companhia indicou que espera pagar entre US$ 30 e 35 bilhões de dividendos nos próximos 5 anos, acima da expectativa de US$ 22 bilhões do BB.

“Entretanto, vale ressaltar que não contamos com a venda de ativos para a geração de caixa, enquanto a Petrobras aponta o recebimento de valores entre US$ 25 e US$ 35 bilhões oriundos da gestão de portfólio”, observa.

Em outurbro, a empresa aprovou uma nova distribuição de para permitir que a administração proponha pagamento de dividendos compatíveis com a geração de caixa mesmo em exercícios em que não for apurado lucro contábil.

Recomendação

O BB reafirmou a recomendação de compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 30, o que implica em valorização de 17%.