Comprar ou vender?

Plano&Plano (PLPL3) reporta o maior lucro da história em 2023; é hora de encher a carteira com as ações?

15 mar 2024, 12:10 - atualizado em 15 mar 2024, 14:06
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Plano&Plano (PLPL3) reportou resultados fortes no 4T23, segundo analistas (Imagem: Plano&Plano/Divulgação)

A Plano&Plano (PLPL3) registrou o seu maior lucro da história em 2023, mostra o balanço referente ao quarto trimestre de 2023 (4T23) divulgado pela companhia na quinta-feira (14).

Os números agradaram os analistas, que ressaltam o impulso dado pelo programa “Pode Entrar” nos resultados fortes apresentados pela construtora. O programa foi lançado em 2021 pela Prefeitura de São Paulo, e visa à compra de 38.870 unidades habitacionais em sua primeira fase, com investimentos previstos de US$ 6 bilhões.

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As ações da Plano&Plano, no entanto, recuam nesta sexta-feira (15), caindo 3,66% a R$ 13,97, por volta das 11h52.

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Analistas veem números fortes e recomendam compra de PLPL3

Em relatório divulgado nesta sexta-feira (15), os analistas Bruno Mendonça, do Bradesco BBI, e Wellington Lourenço, da Ágora Investimentos, avaliam que os números reportados foram muito fortes e acima das estimativas, impulsionados pelo programa “Pode Entrar”, que representou 43% das vendas no 4T23.

Os analistas destacam ainda o crescimento da receita líquida de 47% em base anual e 15% no trimestre, superando as estimativas do BBI e do consenso. A casa mantém a recomendação de compra para a companhia e reforça a preferência pelo segmento de baixa renda.

Em linha, os analistas do Safra, Luiz Peçanha, Luiza Mussi e Rafael Rehder, também em relatório divulgado hoje, reforçam os fortes resultados impulsionados pelo “Pode Entrar”, e apontam que os números vieram ligeiramente acima da expectativa.

“O forte desempenho de vendas dos últimos trimestres, aliado ao reconhecimento de receitas dos empreendimentos lançados no âmbito do programa ‘Pode Entrar’, impulsionou uma impressionante expansão de receita de 47% a/a, compensando as margens mais baixas desses empreendimentos e traduzindo-se num impressionante resultado inferior de 47% a/Aa expansão de linha e ROE anualizado de 54%”, avaliam.

O banco mantém a classificação “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) em PLPL3, destacando a atraente avaliação da empresa de 6,9x P/E 2025.

Para os analistas Ygor Altero e Ruan Argenton, da XP Investimentos, um novo ciclo de crescimento está por vir. A corretora comunicou nesta sexta que está atualizando as estimativas para a Plano&Plano, de maneira a incorporar os resultados recentes e as premissas positivas para os próximos trimestres.

“Também apresentamos nosso preço alvo para o ano de 24 de R$18,0/ação (R$12,5/ação anteriormente), enquanto mantemos nossa recomendação de compra“, pontuam.

A visão positiva da XP tem como base:

  • Perspectivas robustas para lançamentos, aumentando as estimativas em 21% em 24E e 29% em 25E, comum cenário de forte demanda em São Paulo e saudável alavancagem financeira da companhia;
  • Forte crescimento da receita líquida, elevando as estimativas em 17% para 24E e em 23% para 25E;
  • Margem bruta ajustada mantendo níveis sólidos (34,6% para 24E e 35,5% para 25E);
  • Crescimento robusto do lucro líquido (+35% A/A 24E e +24% A/A 25E) com estimativas ficando 14% acima do consenso para 25;
  • Potenciais ganhos adicionais das unidades remanescentes do Pode Entrar (R$ 370 milhões adicionais) e da possível atualização das faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida;

Plano&Plano (PLPL3): veja os números do 4T23

A construtora registrou lucro líquido de R$ 268,6 milhões em 2023, o dobro do apurado no ano anterior. Segundo a companhia, foi o maior lucro de sua história. No recorte trimestral, o indicador avançou 43,8% na comparação com outubro a dezembro de 2022, para R$ 83,1 milhões.

Destaque entre as construtoras do segmento de baixa renda, a Plano&Plano registrou a maior receita líquida de sua história no último ano, de R$ 2,07 bilhões, alta de 38,9%. De outubro a dezembro, a receita aumentou 46,6% na base anual, para R$ 639,6 milhões.

Além disso, a empresa de construção civil gerou caixa de R$ 262,3 milhões no ano. A maior contribuição vindo do quarto trimestre, de R$ 156,1 milhões.

*Com Flávya Pereira