Plano de recuperação é “oportunidade do século” para UE, diz presidente da Comissão
O plano de 750 bilhões de euros da União Europeia para reconstruir a economia de forma mais verde e digital após a pandemia é a oportunidade do século para o bloco, disse a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta terça-feira.
Em uma mensagem de vídeo divulgada pouco antes de a França e a Alemanha apresentarem em conjunto seus planos nacionais sobre como gastar sua parte do fundo da UE, von der Leyen disse que o Executivo do bloco garantirá que os planos plurianuais correspondam às expectativas.
“Queremos construir uma Europa verde, que proteja nosso clima e nosso meio ambiente e que crie empregos sustentáveis”, disse ela. “Queremos investir numa Europa digital, inovadora e competitiva nos mercados globais. E queremos uma Europa resiliente, mais bem preparada para enfrentar as crises futuras.”
“Temos 750 bilhões de euros para construir a nossa futura União. Esta é a oportunidade do século para a Europa. Um momento verdadeiramente histórico”, afirmou.
A Itália apresentou seu plano de recuperação de bilhões de euros para reformar a economia com investimentos e reformas na segunda-feira, com o primeiro-ministro do país, Mario Draghi, dizendo aos parlamentares que essa é a chave para o bem-estar futuro do país após a devastação do coronavírus.
O prazo para cada um dos 27 governos da UE apresentar seu próprio plano de como gastar os bilhões que receberão com o dinheiro da UE emprestado em conjunto até 2026 é 30 de abril, mas é provável que metade dos países envie seus esquemas só em maio.
O esquema da UE exige que os governos gastem 37% do dinheiro que ganham na redução das emissões de carbono em suas economias e 20% na digitalização.
A partir do momento em que recebe um plano nacional, a Comissão dispõe de dois meses para verificar se ele cumpre os critérios exigidos.
Os ministros das Finanças da UE têm então mais um mês para fazer sua própria avaliação, antes que o país candidato receba sua primeira parcela do dinheiro.
Cada país da UE pode receber um pagamento adiantado de 13% da sua parte do dinheiro uma vez que o esquema for aprovado. Para toda a UE, isso significa cerca de 45 bilhões de euros este ano, possivelmente já em julho.