Plano da Petrobras (PETR4) pode pressionar dividendos e impactar Raízen (RAIZ4) e Vibra (VBBR3)
A Vibra Energia (VBBR3) corre o risco de perder participação no mercado de distribuição de combustíveis caso a Petrobras (PETR4) concretize o plano de reivindicar a marcar BR na Justiça, avalia o Goldman Sachs em relatório.
A marca BR, com logo verde e amarelo, acompanhado do nome Petrobras, está arrendada à Vibra até 2031. Atualmente, o logo estampa mais de 8,2 mil postos em todo o país, sendo a marca líder do setor.
No início desta semana, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a atual gestão da Petrobras, assim como o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deseja que a companhia volte a atuar na distribuição de combustíveis.
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Para isso, a estatal pretende recuperar o direito de uso da marca BR, arrendado por 10 anos, desde a conclusão da venda da BR Distribuidora — que trocou o nome para Vibra Energia após a privatização.
Na avaliação do Goldman Sachs, a notícia é negativa para a Vibra, visto que a marca é um aspecto comercial fundamental do setor e pode influenciar a dinâmica da participação de mercado.
Além disso, o banco avalia que a entrada de um novo concorrente pode pressionar ainda mais a rentabilidade dos distribuidores existentes, como Raízen (RAIZ4) e Ipiranga.
“Para a Petrobras, notamos que um retorno à distribuição de combustíveis pode implicar em maiores fusões e aquisições e capex orgânico para a empresa nos próximos anos, pressionando os dividendos no curto prazo”, conta o banco.