Planner vê Marcopolo em recuperação e eleva projeção para papéis na Bolsa
Na visão de Luiz Francisco Caetano, da Planner Corretora, os resultados do segundo trimestre da Marcopolo endossam o início de recuperação da grave crise enfrentada pela indústria automobilística. Revisando as projeções para a fabricante de carrocerias de ônibus, o analista elevou o preço justo da ação POMO4 na Bolsa, de R$ 2,50 para R$ 3,90.
Porém, o mercado já parece embutir nos papéis as expectativas de melhorias do cenário para o setor e para os números da companhia, considerando a alta de cerca de 40% acumulada no ano na B3. Por isso, Caetano mantém a recomendação de “manutenção” às ações.
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Em relatório, o analista aponta que, entre 2011 e 2016, a produção de ônibus no Brasil caiu 60,3%. Para este ano, espera-se que as vendas cresçam dentro da perspectiva da Anfavea para veículos pesados (6,4%).
Os problemas financeiros dos municípios e das concessionárias e o volume rodoviário enfraquecido impedem uma retomada substancial do mercado.
“Mesmo com pressões de custos e uma recuperação lenta, se espera que na segunda parte do ano haja aumento das vendas e melhores margens operacionais do que no primeiro semestre de 2017”, diz Caetano, da Planner.
A coisa só não é mais complicada à Marcopolo devido ao desempenho das unidades controladas no exterior, sobretudo México e Índia, que vêm compensando parte dos problemas na unidade brasileira.