Política

PL fará oposição a Lula, diz Valdemar Costa Neto

08 nov 2022, 14:57 - atualizado em 08 nov 2022, 15:56
Valdemar Costa Neto
“O PL não renunciará às suas bandeiras de ideias, será oposição aos valores comunistas e socialistas, será oposição ao futuro presidente”, disse Costa Neto (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, anunciou nesta terça-feira que o partido fará oposição ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional e lançou a candidatura do presidente Jair Bolsonaro, que foi derrotado nas urnas no mês passado por Lula, à Presidência em 2026 pela sigla.

“O PL não renunciará às suas bandeiras de ideias, será oposição aos valores comunistas e socialistas, será oposição ao futuro presidente”, disse Costa Neto em entrevista coletiva em Brasília.

“Bolsonaro será nosso candidato a presidente em 2026”, anunciou o dirigente.

Costa Neto, que foi aliado de Lula na primeira vitória eleitoral do petista ao Planalto há 20 anos, também disse que convidou Bolsonaro para ser presidente de honra do PL.

“Nós queremos que ele comande o nosso partido, queremos o Bolsonaro à frente, nessa luta que ele construiu para levar o nosso partido a um patamar mais importante”, acrescentou.

Costa Neto disse ainda que a legenda, que elegeu a maior bancada da Câmara dos Deputados na eleição do mês passado, apoiará a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Casa, desde que Lira apoie um nome a ser indicado pelo PL para presidir o Senado.

O presidente do partido de Bolsonaro também disse que não há previsão de a sigla recorrer à Justiça para contestar o resultado das urnas, que deram à Lula um terceiro mandato com mais de 60 milhões de votos, enquanto Bolsonaro teve 58 milhões.

Indagado se considerava que a eleição foi válida, diante da numerosa bancada de deputados e senadores eleitos pela sigla, Costa Neto disse que a eleição “valeu”. Ao mesmo tempo, no entanto, ele condicionou qualquer outro posicionamento sobre o pleito à apresentação do relatório de fiscalização das urnas feito pelas Forças Armadas, que o Ministério da Defesa prometeu entregar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quarta-feira.

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