Pix, Open Finance e Drex: internacionalização bancária já é uma realidade; entenda
O Pix é um sucesso no território nacional e, agora, o Banco Central promete romper barreiras e chegar em diversos países. O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, Renato Gomes, afirmou nesta segunda-feira (4) que a expansão do Pix para pagamentos internacionais é uma importante prioridade do BC.
O presidente do Banco Central, em recentes aparições em eventos do mercado financeiro, também comentou que a intenção destas novas tecnologias como o Pix, Open Finance e o Drex é que de fato a população brasileira possa ter uma vida financeira mais tecnológica, tokenizada e global.
Além de desburocratizar, a previsão é de que os pagamentos possam ser feitos internacionalmente desta forma nos próximos anos.
O CEO da Finansystech [plataforma de Open Finance as a Service], Danilo Branco, explica que a intenção do BC é internacionalizar o serviço bancário brasileiro. Ou seja, fazer com que qualquer cidadão brasileiro realize um Pix fora do país ou até compartilhe suas informações bancárias no exterior.
“Por exemplo, se você vai mudar de país, com o serviço de Open Finance, você poderia compartilhar suas informações bancárias com a instituição internacional para que você consiga ter acesso a serviços de crédito, pois o banco já vai saber seu histórico financeiro no Brasil”, explica Danilo.
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A sócia da Teros, empresa especializada em soluções de inteligência de dados, pricing e open finance, Lígia Novazzi, também se anima com a possibilidade que as novas diretrizes do BC darão ao Brasil. “O Open Finance define um padrão único de integração e comunicação entre instituições, o que facilita muito o Brasil se conectar com outros países. As novas especificações já consideram o tema interoperabilidade do Open Finance com outros países. Não há um deadline, mas já estamos nos preparando”, afirmou.
As novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas poderão melhorar a inclusão financeira, reduzir custos de crédito e transações e aproximar o Brasil do mundo.
“O Brasil vai ‘experienciar’ uma desintermediação e uma melhora no processo de segurança dos serviços financeiros e de pagamentos, gerando uma significativa eficiência no sistema e consequentemente uma redução dos custos que devem ser repassados para o consumidor”, afirmou Novazzi
Para se ter uma ideia, com a chegada do Pix, 71,5 milhões de usuários foram incluídos no sistema financeiro.
A informação está no Relatório de Gestão do Pix, divulgado do dia 4 de setembro pelo BC. https://t.co/X1qdotacd4 pic.twitter.com/MTLi6hGIxc
— Banco Central BR (@BancoCentralBR) September 5, 2023