PIX é mais um empurrão para bancos melhorarem serviços, depois das fintechs
O PIX, novo meio de pagamento elaborado pelo Banco Central (BC) e que já caiu nas graças do brasileiro, manda mais um recado sério ao funcionamento dos bancos mais tradicionais, alerta a Ágora Investimentos.
O primeiro sinal de alerta foi o boom de fintechs no Brasil.
O relatório, ao qual o Money Times teve acesso, vem na esteira de que o PIX deve receber uma série de upgrades (melhorias) nos próximos trimestres, segundo chefe do departamento de concorrência e estrutura de mercado do BC.
Está previsto em setembro o “Pix Agendado”, pelo qual os usuários podem agendar transações. Na reta final do ano, saques de PIX e trocas chegarão aos estabelecimentos comerciais.
Em 2022, o “Pix Garantido”, para as compras parceladas, promete aos lojistas como garantia o pagamento da instituição financeira.
Para os analistas Gustavo Schroden e Maria Clara Negrão, o desenvolvimento e as atualizações do PIX são positivos, pois poderiam modernizar o sistema de pagamentos brasileiro, com mais segurança e agilidade.
“No entanto, ainda observamos que PIX pode continuar a pressionar as receitas de tarifas dos bancos, especialmente relacionadas aos serviços de conta corrente”, conclui a dupla.
Segundo dados do BC, o PIX alcançou 649 milhões de transações em maio, ante 342 milhões de faturas, 126 milhões de transferências tradicionais (TED/DOC) e 18 milhões de saques a descoberto.