Mercados

“Pivô” do Fed está chegando após nova alta nos juros

27 jul 2022, 17:02 - atualizado em 27 jul 2022, 17:02
Jerome Powell Federal Reserve2
Federal Reserve está perto de promover uma mudança e tema sobre a política monetária em 2023 será cortes – e não altas – da taxa de juros nos EUA (Imagem: Kevin Dietsch/Pool via Reuters/File Photo)

O Federal Reserve está perto de promover um pivô. Com os riscos de recessão aumentando e previsão de queda acentuada da inflação em 2023, o tema principal envolvendo o Fed no ano que vem serão os cortes – e não as altas – dos juros.

Para o ING, a mudança na condução da política monetária deve acontecer em breve, após a taxa de juros nos Estados Unidos subir pela quarta vez seguida hoje, acumulando um aperto de 2,25 pp este ano até agora.

“O trabalho do Fed ainda não está concluído e esperamos mais 1,25 pp de aumentos antes do fim do ano”, comentam James Knightley e Francesco Pesole, em relatório.

Cortes já estão na mesa

O CIO da TAG Investimentos, Dan Kawa, lembra que o mercado já embute expressiva queda dos juros dos EUA em 2023.

“O Fed está sem muita disposição em acelerar ou levar os juros para [um intervalo] muito mais alto”, avalia, em comentário.

Para o gestor, o Fed está mais atento e preocupado com o cenário de crescimento econômico.

“Ao atrasar a resposta à alta inflação e agora ter que elevar os juros mais rápido, há claramente o medo de uma recessão”, lembrar Knightley e Pesole, do ING.

Data driven

Ao mesmo tempo, o Fed só deve interromper o atual ciclo de aperto dos juros quando houver fortes evidências de que a inflação nos EUA está diminuindo.

“O próximo número de inflação [ao consumidor], no meio de agosto, será fundamental para a dinâmica de longo prazo”, diz Kawa, da TAG.

Há ainda um ponto de inflexão vindo mercado de trabalho. “Pode aliviar o ritmo de alta para 0,50 pp [na próxima reunião], mas é tudo guiado por dados [data driven]”, diz Jason Vieira, da Infinity Asset.

Na mesma linha, o fundador da Quantzed, Marcelo Oliveira, avalia que o ritmo de altas vai depender de dados futuros. “Mas pode ser que não seja necessário manter altas de 0,75 pp nas próximas reuniões”, completa.

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