Piso salarial para enfermeiros? Hapvida, Intermédica, Rede D-Or, Dasa e MaterDei pagam 30% menos
O Senado aprovou nesta quarta-feira (24) à noite um projeto que institui o piso salarial nacional do enfermeiro, do técnico e do auxiliar de enfermagem e também da parteira. Agora o texto será analisado pela Câmara dos Deputados.
O projeto inclui o piso salarial estabelecendo um mínimo inicial para enfermeiros no valor de R$ 4.750, a ser pago nacionalmente por serviços de saúde públicos e privados, para uma jornada de trabalho de 30 horas semanais.
Em relação à remuneração mínima dos demais profissionais, o projeto fixa a seguinte gradação: 70% do piso nacional dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem e 50% do piso nacional dos enfermeiros para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.
Segundo o BTG Pactual em uma visão preliminar, a proposta não será aprovada ao final. “O Brasil tem mais de 70% dos leitos no sistema público, então o impacto fiscal seria significativo”, aponta o banco.
Eles ressaltam que, como as empresas privadas não abrem o número de empregados por categorias, e nem os salários, é difícil precisar uma avaliação.
“Mas, caso aprovado, o nosso entendimento é de que os operadores de hospitais e os planos de saúde verticalmente integrados (como a Hapvida (HAPV3), Intermédica (GNDI3), Rede D’Or (RDOR3), Dasa (DASA3) e MaterDei (MATD3) poderiam ser afetados, especialmente porque estimamos que estes profissionais recebem, na média, 30% menos do que a proposta da lei”, calcula o BTG.
“Enquanto esperamos por mais detalhes sobre a probabilidade desse projeto de lei ser aprovado, mantemos nossa preferência na área de saúde com Hapvida e Intermédica, que continuam sendo nossa escolha preferida no setor”, conclui o banco.
(Com Agência Senado)