Piora no risco fiscal e inflação: O que mexe com a renda fixa nesta semana?
Na semana passada, a curva de juros encerrou em queda nos vértices curtos e em alta nos mais longos. O destaque novamente foi para os títulos com vencimentos intermediários como os de janeiro de 2026 e 2034, com aumento na inclinação. Outro ponto que surpreendeu foi o movimento contrário apresentado pelos títulos brasileiros em relação aos americanos.
Segundo relatório semanal do time de renda fixa da XP Investimentos, o movimento se deve pela maior cautela dos investidores por conta de uma piora na percepção de risco fiscal e um noticiário corporativo relevante.
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No crédito privado, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram a semana em queda. Segundo o relatório, na quinta-feira (07), o índice IDEX-DI fechou em 1,90% contra os 192% da última semana.
Quanto ao prêmio das debêntures de infraestrutura IPCA+, as analistas de renda fixa indicam que houve uma redução significativa após a nova Resolução do CMN, que limitou o escopo de CRIs e CRAs e, consequentemente, aumentou a busca por papéis isentos de imposto de renda.
O fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 686 milhões, R$ 822 milhões em debêntures incentivadas, R$ 157 milhões em CRIs e R$ 290 milhões em CRAs.
O que mexe com a renda fixa nesta semana?
Para esta semana, o mercado aguarda pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que será divulgado na terça-feira (12), no qual mostrará como foi o desempenho da inflação oficial do Brasil no mês de fevereiro.
Já o restante da semana, será mais morna, com o Índice de Evolução de Emprego do Caged na quarta-feira (13), Vendas no Varejo na quinta (14) e o Índice de Crescimento do Setor de Serviços fechando a sexta (15).