Piora geopolítica na Ucrânia e perspectiva de mais demanda da China sustentam alta do petróleo
O petróleo encaminha ganhos moderados nesta quinta-feira (22), com investidores ponderando as consequências geopolíticas dos novos atos de Putin com relação à guerra na Ucrânia e o prospecto de maior demanda chinesa no último trimestre do ano.
Por volta das 16h40, o WTI (referência americana) e o Brent (internacional) futuros operam em alta de, respectivamente, 0,70% e 0,58%; com o desempenho do dia, o petróleo tipo Brent se conserva na faixa dos US$90/barril, neutralizando a pressão de baixa dos últimos dias.
Mundo em alerta
Em meio às decisões monetárias dos Banco Centrais americano e brasileiro, pode ter passado desapercebido ao investidor o bombástico discurso do presidente russo Vladimir Putin.
Em transmissão à cadeia nacional, o mandatário alertou que utilizará todos os meios disponíveis para defender o território da Rússia, em alusão direta ao arsenal nuclear que tem sob sua custódia.
O discurso de Putin ocorre uma semana antes da realização de referendos de adesão à Rússia por todo o Donbass (região oriental da Ucrânia). O temor entre agentes do Ocidente é de que os referendos sejam utilizados pelo Kremlin como justificativa para uma escalada nuclear da guerra.
Putin também decretou a mobilização de 300 mil reservistas para a campanha militar que se aproxima do seu sétimo mês sem término à vista. A Rússia tenta retomar o ímpeto da ofensiva, após o exército ucraniano conseguir retomar áreas importantes no leste do país.
O recrudescimento da situação geopolítica na Ucrânia acende a possibilidade de mais restrições de oferta nos mercados globais de petróleo, promovendo um suporte contra as pressões de queda provocadas pela desaceleração econômica.
Maior demanda da China
Em paralelo à questão da Ucrânia, os mercados da commodity repercutem a notícia de que ao menos três grandes refinarias chinesas consideram aumentar a produção em até 10% entre setembro e outubro.
O movimento seria uma resposta a um insipiente crescimento da demanda interna e um possível aumento das exportações de combustíveis no último trimestre de 2022. Das ondas de covid à crise imobiliária, a China enfrenta desafios simultâneos para manter a projeção de crescimento anual em 5%.
Petroleiras majoritariamente em alta
Ações das principais petroleiras do mundo tiveram um dia positivo, puxadas pela alta das commodities.
A Petrobras (PETR4) fecha em alta de 2,02%.
Após o fechamento do mercado em Londres, a Shell (SHEL) subiu 0,15%. Em Nova York, ExxonMobil (XOM) perdeu 0,22%, ao passo que a Chevron (CVX) subiu 0
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