Pior que cara ou coroa
Luiz Augusto Pacheco é sócio da Inva Capital. Texto originalmente publicado em Value for Life.
Já escrevi diversas vezes sobre o SPIVA, o estudo da Standard & Poor’s que compara a performance de fundos ativos com o benchmark. Junto com o SPIVA, a S&P divulga o Persistence Scorecard, para mostrar se os fundos mostram persistência em seus resultados.
A lógica é: não adianta somente bater o mercado em um ano, o fundo também precisa continuar batendo nos anos subsequentes. Como já vimos, a grande maioria dos fundos não consegue bater o mercado, e os que conseguem, não mantém o resultado nos anos seguintes.
O gráfico abaixo mostra como se saíram os fundos norte-americanos a partir de 2013. A linha vermelha mostra a probabilidade do fundo ter se mantido entre os melhores depois de um (50,00%), dois (25,00%), três (12,50%) e quatro (6,75%) anos caso jogássemos uma moeda para cima a cada ano.
A realidade é ainda pior. Menos fundos que o esperado se mantiveram no topo que em um simples jogo de sorte.