Economia

Pior momento da China pode ter ficado para trás

15 set 2023, 12:54 - atualizado em 15 set 2023, 12:54
China Setor Imobiliário CPI
Gavekal vê uma melhora moderada das condições de crescimento do país. (Imagem: Pixabay/ Pexels)

O pior momento do choque deflacionário na China pode ter ficado para trás. É o que diz a Gavekal, empresa global de investimentos com ampla cobertura em economia chinesa, ao analisar a bateria de dados macroeconômicos do mês de agosto.

O indicador que melhor ilustra uma melhora nas condições do mercado doméstico chinês é o aumento de 57% no volume de vendas de imóveis durante agosto, em comparação ao mesmo mês em 2019.

O número representa um avanço em relação ao mês de julho, estancando uma sequência de quedas no volume de imóveis que vinha acontecendo desde abril.

Além do setor imobiliário, a segunda maior economia do mundo observa recuperação da produção industrial, com crescimento de 4.5% em relação a agosto de 2022 e 3.7% em relação a julho, vendas no varejo, com alta de 4.6% na comparação anual e 2.5% em relação à julho.

O volume de investimentos fixos (ativos imobiliários, maquinaria, terreno e projetos de infraestrutura) no país continua perdendo força. Em agosto, houve um crescimento de 3.2% no indicador, abaixo dos 3.4% registrados nos sete primeiros meses do ano, em desafio às medidas de estímulo praticadas por Pequim.

Daqui em diante, a Gavekal vê uma melhora moderada das condições de crescimento do país. “O pior cenário, que é uma nova queda  no setor imobiliário, aparece com chances significativamente menores do que apareciam há algumas semanas”, diz a análise.

No entanto, a Gavelak salienta que a estabilização nos setores mais cíclicos– como o imobiliário, de exportações e investimentos públicos — não significa a volta de crescimentos vigorosos como os experimentados nas últimas duas décadas.

Pequim mira estímulos no setor imobiliário

O governo da China tem se concentrado em realizar medidas de estímulo ao mercado consumidor, que facilitam a tomada de empréstimos.

Na quinta-feira passada, o Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) cortou para 7,4% a exigência mínima de reservas que os bancos comerciais precisam ter para operar, em um esforço para aumentar a liquidez do sistema financeiro.

O BC chinês também comunicou que manterá a taxa-referência de empréstimos de 1 ano em 2,5%. No mês passado, o PBoC havia decidido por um corte surpresa na taxa de juros, que afeta diretamente a concessão de crédito para instituições financeiras.

Paralelamente, grandes centros urbanos do país passaram a suspender algumas restrições relacionadas à aquisição de imóveis, incluindo menores taxas de hipoteca e preços mínimos de entrada.

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