Pimenta da renda fixa ainda tem prêmio e antecipa Brasil com grau de investimento
As taxas dos prefixados caíram cerca de 250 pontos-base ao longo de 2023, gerando ganhos de marcação a mercado ao redor de 30%. Mas, será que ainda há prêmio nos prefixados?
Olhando para os prêmios de longo prazo, os prefixados negociam hoje com taxas semelhantes aos ciclos de 2016 e 2019.
Naqueles períodos, as taxas dos prefixados fecharam cerca de 450 pontos-base.
Conforme o BTG Pactual, o avanço da reforma tributária no Senado pode melhorar a percepção de risco-país pelo mercado, antecipando uma potencial elevação do grau de investimento do Brasil.
Em outras palavras, isso quer dizer que o risco de se investir no Brasil (medido pelo CDS de 10 anos) deverá cair com a redução dos juros futuros nominais de longo prazo.
“O CDS do Brasil de 10 anos atualmente negocia em 282 pontos, enquanto a média de países como Guatemala, Marrocos e Vietnã se encontra em cerca de 190 pontos – a média de vizinhos latinos está em 155 pontos. Portanto, há espaço para investir em prefixados”, comenta o banco em relatório publicado em julho.
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Pimenta da renda fixa
O ambiente de reformas no Brasil, sobretudo a tributária, pode levar a novas reduções nos prêmios de longo prazo.
No entanto, agora isso se dará em ritmo mais lento que o observado nos últimos meses do ano, conforme analistas.
Por isso, o banco segue na preferência por prefixados com vencimento acima de 3,5 anos.
Neste ambiente de avanços estruturais, a reancoragem das expectativas de inflação para horizontes mais longos também podem contribuir para um fechamento adicional das taxas nominais de longo prazo.