Pimco vê aumento de inclinação na curva de Treasuries e mais volatilidade em 2022
A firma de investimentos norte-americana Pimco está considerando se posicionar em prol de uma inclinação mais acentuada da curva de rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, diante da expectativa de condições econômicas mais normais, mas também espera maior volatilidade como resultado das incertezas do coronavírus e de riscos inflacionários.
A PIMCO disse nesta terça-feira estar inclinada a se posicionar de forma favorável a um aumento da inclinação da curva de taxas dos Treasuries, pois espera que uma moderação na inflação limite futuras elevações nas taxas de juros.
A gestora prevê que a inflação atingirá o pico no primeiro trimestre, a partir de quando moderará até o fim deste ano.
“O pico do apoio da política fiscal e, portanto, o pico de crescimento real do PIB, provavelmente ocorreu em 2021, e a economia global agora parece estar progredindo rapidamente em direção à dinâmica de fim do ciclo”, disse um relatório de cenários para 2022 de coautoria de Tiffany Wilding, economista da PIMCO para a América do Norte.
“A política monetária na maioria das regiões mudou de rumo em direção à normalização”, acrescentou.
Às 15h42 (de Brasília), a diferença entre os rendimentos dos Treasuries de dez e dois anos vista como um indicador de expectativas econômicas subia 0,40 ponto-base, a 85,88 pontos-base.
Mais cedo, havia caído a 82,50 pontos-base, mínima desde 3 de janeiro.