Picos do dólar garantem a festa dos sojicultores para entrega em 2021
A soja nova para entrega em 2021 sofre pressão nesta terça (4) na bolsa de Chicago pelas boas condições das lavouras nos Estados Unidos, relatadas pelo governo, mas as tendências permanecem firmes, observados especialmente novos picos do dólar no Brasil e a movimentação da demanda dos últimos dias.
A commodity já tem cerca de 40% da safra 20/21 negociados no exterior, com preços que chegaram, em alguns casos, acima de US$ 9,20 o bushel, segundo verificou o analista Vlamir Brandalizze – ou máxima de US$ 9,08 em julho do contrato maio/21, para Adriano Gomes, da AgRural.
Os produtores tiraram um pouco o pé agora, avalia Gomes, – sobretudo hoje, com as telas longas igualmente em recuo na CBOT. E devem esperar novos picos de valorização da divisa americana frente ao real e voltarem a fazer novas médias, diz.
Mesmo assim, o analista da AgRural tem visto negócios “interessantes”. Ontem, quando o dólar fechou em R$ 5,31, negócios em Campo Verde (MT) para entrega em janeiro foram fechados a R$ 100. Em julho, quando esteve em torno dos R$ 5,40 na primeira quinzena de julho, a consultoria observou vendas de R$ 95 para liquidação em fevereiro.
Outro indicador são os prêmios nos portos. O CEO da Brandalizze Consulting já confirma R$ 111/112 para maio e julho do ano que vem, com apoio do câmbio e da demanda.