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Picanha encarece 43,5% após queimadas no Brasil, aponta pesquisa

07 out 2024, 16:44 - atualizado em 07 out 2024, 16:44
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Produtos como café, feijão, carne e leite encareceram mediante à crise climática (Imagem: iStock/ AngelaMacario)

Produtos do agronegócio encareceram após o período de seca, somado às queimadas, no Brasil. De acordo com o levantamento da Neogrid, o valor da picanha aumentou em 43,5%, de R$ 59,62, em agosto, para R$ 85,56 em setembro.

Além disso, outros produtos essenciais do mercado agro também foram afetados, como o café, feijão, leite e açúcar. O levantamento indica que, antes mesmo das queimadas,  itens tradicionais na mesa dos brasileiros já sofriam com contínuas elevações nos preços.

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O quilo de café, por exemplo, subiu, em média, 18% entre janeiro e agosto de 2024. No entanto, entre a primeira semana de agosto e a terceira semana de setembro, com a seca e os focos de incêndio, o segmento de café em grãos teve aumento de 13,7%, enquanto o café em pó teve aumento de 14,4%.

Outros itens, como o feijão, tiveram aumentos significativos em seus valores em diferentes segmentos. O feijão tipo branco saiu de R$15,87 o quilo para R$19,38 (22,1%). Já o preto subiu de R$8,54 para R$10,08 (18%).

No segmento dos laticínios, o leite UHT integral subiu 9,6% saindo de R$6,02 por litro para R$6,60.

“Os produtores estão enfrentando perda da colheita e da área para plantio com a antecipação da entressafra forçada, o que acaba refletindo nos custos de produção e na disponibilidade dos alimentos em gôndola e interferindo diretamente no preço dos itens”, analisa a pesquisa.

Dessa forma, a Neogrid estima que, com o avanço das queimadas e a persistência da seca, os gastos com a produção dos alimentos continuem subindo e esses aumentos sejam repassados ao consumidor

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Preço de cortes bovinos (média semanal)

Valor do feijão (média semanal)

Preço do café (média semanal)