PIB: Projeção para 2024 cresce, mas com dívida do governo na retaguarda, de acordo com XP
A XP Investimentos subiu a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 1,5% para 2%, com a expansão da renda disponível às famílias e a melhoria gradual de crédito sustentando a demanda no curto prazo. Em 2023, o crescimento da economia brasileira foi de 2,9%.
No relatório da XP, assinado por Caio Megale, economista-chefe, e equipe, as próximas divulgações trimestrais devem mostrar uma retomada do crescimento do PIB.
A estimativa é de que agropecuária e indústria extrativa responderam por 1,3 ponto percentual (p.p.) do crescimento total, com uma safra recorde de grãos e aumento acentuado na produção do petróleo, e que a renda disponível às famílias saltou cerca de 6,5% em 2023.
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Entretanto, sinais preocupantes estão à vista, como uma menor renda do setor agropecuário podendo impactar a dinâmica de outras atividades e investimentos em ativos fixos em níveis deprimidos, sem sinais de retomada.
Em 2023, a taxa de poupança foi de 15,4%, inferior à de 15,8% em 2022. Os investimentos brasileiros no ano passado representaram 16,5% do PIB brasileiro.
Aumento da dívida do governo irá pesar no PIB
Para 2024, a XP projeta um déficit primário de R$ 132,3 bilhões, representando 1,1% do PIB, com parcelas de despesas de precatórios pagos fora do limite e da meta no ano que vem e com parte das receitas deste ano (aproximadamente R$ 60 bilhões) tendo caráter não recorrente.
No relatório, os economistas afirmam que “mantido o arcabouço fiscal vigente, a dívida pública deverá se estabilizar somente no início da próxima década“, com a dívida bruta do governo geral chegando a 77,2% e 79,4% do PIB em 2024 e 2025, respectivamente.