PIB do México encolhe 1,6% no 1º trimestre em meio a conta salgada do coronavírus
O Produto Interno Bruto do México encolheu 1,6% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores, quando o surto do novo coronavírus começou a afetar a atividade na segunda maior economia da América Latina, mostraram dados preliminares nesta quinta-feira.
A estimativa ajustada sazonalmente da agência nacional de estatística foi um pouco melhor do que a expectativa em uma pesquisa com economistas da Reuters na segunda-feira, que previa uma contração econômica de 1,7%.
As previsões feitas após a publicação da pesquisa apontaram para uma contração ainda mais acentuada do PIB.
Um detalhamento dos dados mostrou que atividades primárias como agricultura, pesca e mineração até mesmo cresceram 0,5% no trimestre.
As atividades secundárias, que incluem manufatura e atividades terciárias, que abrangem o setor de serviços, caíram 1,4% em relação ao quarto trimestre, mostraram os números.
O México não começou a impôr grandes restrições à economia até a segunda quinzena de março. Assim, não se espera que o maior impacto do surto do novo coronavírus seja totalmente refletido nos dados oficiais até o segundo trimestre.
Ainda assim, as vendas de automóveis caíram um quarto no mês passado.
Os analistas estão prevendo que a economia mexicana, que já havia entrado em uma recessão moderada em 2019, pode encolher em torno de 10% este ano.
A agência de estatísticas deve publicar uma estimativa final para o desempenho do primeiro trimestre da economia em 26 de maio.
Se confirmada, a contração trimestral será a mais acentuada desde o primeiro trimestre de 2009, quando a economia encolheu 5,1% durante a crise financeira global.
Em termos não ajustados, a economia também contraiu 1,6% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, mostraram os dados.