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PIB do agronegócio volta a recuar no 2T24 e acumula queda de 3,5% no ano

17 out 2024, 15:59 - atualizado em 17 out 2024, 15:59
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Retração é resultado de cortes nos preços praticados, que vêm ocorrendo desde o ano anterior.(iStock.com/1111IESPDJ)

O PIB do agronegócio voltou a recuar no segundo trimestre, com queda de 1,28% e acumulando perda de 3,5% no ano, segundo estudo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com os pesquisadores, a retração é resultado de cortes nos preços praticados, que vêm ocorrendo desde o ano anterior. A queda observada afeta tanto o ramo agrícola (-1,22%) quanto o ramo pecuário (-1,20%).

O resultado negativo também foi influenciado pelas perspectivas de menor produção para a safra 2024 de importantes produtos agrícolas, com destaque para milho, soja e trigo. Eles compõem o segmento primário, que acumula queda de 5,11% no primeiro semestre do ano.

Além das atividades primárias, o PIB semestral do agronegócio registra recuo de 8,13% no segmento de insumos, puxado pela queda de 11% no ramo agrícola. “O número refletiu os resultados das indústrias de fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas, que tiveram seus resultados pressionados tanto pelas quedas das cotações e das produções”, dizem os pesquisadores.

Por outro lado, o ramo pecuário ainda sustenta alta semestral de 0,5% em 2024, apesar da queda no segundo trimestre. O avanço se deve ao desempenho positivo nos segmentos agroindustrial e de agrosserviços, que registraram respectivos aumentos de 5,29% e de 3,78% em 2024.

Qual a expectativa para o PIB anual do agro?

A previsão da Cepea/USP e CNA projeta um recuo de 6,8% no valor total do PIB ao fim de 2024 (R$ 2,5 trilhões) em comparação com o ano anterior (R$ 2,68 trilhões). Com base nesse desempenho parcial, o valor que pode ser alcançado neste ano seria dividido entre 1,74 trilhão no ramo agrícola e 759,82 bilhões no ramo pecuário (a preços do segundo trimestre de 2024).

“Considerando essa projeção e o comportamento do PIB brasileiro no período, estima-se que a participação do setor na economia fique próxima de 21,8% em 2024, abaixo dos 24,0% registrados em 2023”.

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