PIB da eurozona no 2º tri foi positivo para o agro do Brasil e indica mais ganhos; variante Delta é alerta
Apesar de a maior economia europeia, a Alemanha, ter apresentado um crescimento menor do que o esperado, a zona do euro saiu do segundo trimestre bem mais forte antes as previsões gerais. E melhora as perspectivas para as exportações brasileiras do agronegócio principalmente, a continuar a expansão registrada pela Eurostat.
Por sinal, as vendas do Brasil ao continente, incluindo países que não adotam a moeda comum, como a Inglaterra, foram melhores de janeiro a junho, refletindo no reforço das importações do bloco no segundo trimestre.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos 19 membros da eurozona, segundo a agência de estatística, avançou 2% sobre o 1º trimestre e mais 13,7% na comparação anual, e as exportações brasileiras do agronegócio cresceram 16,5% no acumulado do semestre.
Foram US$ 8,9 bilhões, representando 14,5% de participação no conjunto dos embarques, acima do mesmo período de 2020. A União Europeia (UE) é o segundo destino do agro, atrás dos US$ 23,9 bilhões que a China importou.
“Isso mostra que há espaços para aumento das exportações brasileiras de maior valor agregado”, diz o consultor em comércio exterior, Michel Alaby, destacando a vantagem daquele mercado: a compra de produtos processados ou semi-processados, com exceção do café, cuja maior parte é exportado cru.
As condições para a sequência de expansão, para o segundo semestre, estão dadas, segundo o Banco Central Europeu (BCE), depois de duas recessões técnicas verificadas desde o início da pandemia.
Ainda paira o alerta em relação à maior capilarização da variante Delta, mas o relaxamento das medidas para conter a covid devem continuar. Os dois países que mais recentemente anunciaram o fim das restrições mais rígida foram a França e Portugal.
Para o Brasil, no entanto, o CEO da Alaby & Consultores Associados, adverte que o País precisaria melhorar a imagem em relação às questões ambientais e que implicam em algumas barreiras não-tarifárias, principalmente sobre o complexo carnes e soja.
Atrasa, inclusive, avanço nas negociações para um acordo com o Mercosul.