PGR: Rodrigo Maia e o pai receberam R$ 1,4 milhão em propinas da Odebrecht
Perícia feita em 11 discos rígidos com informações do sistema e dois pen drives do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, chamado de departamento de propina, mostraram execuções de pagamentos no valor de R$ 1,4 milhão a codinomes atribuídos ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ao pai dele, o ex-prefeito do Rio e vereador César Maia (DEM), informou há instantes reportagem do G1 nesta quinta-feira (11).
Segundo delatores, Rodrigo Maia era “Botafogo” e “Inca” nas planilhas e o pai, César Maia, era o “Despota”. As informações constam de pedido de prorrogação do inquérito feito na quarta-feira (10) pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e que estão sob análise do relator do caso, ministro Edson Fachin. Não há prazo para ele decidir sobre a prorrogação.
Conforme Dodge, citada pelo G1, a perícia mostrou ordens de pagamentos no total de R$ 2,050 milhões a pai e filho, mas pagamentos efetivados em valor menor, de R$ 1,4 milhão. Segundo ela, foram identificadas três planilhas, de três delatores da Odebrecht, com relação aos dois políticos.
O inquérito foi aberto em abril de 2017 após as delações da empresa e inicialmente se baseava em dois depoimentos que apontavam que Rodrigo Maia e César Maia haviam recebido vantagens indevidas de cerca de R$ 1 milhão entre 2008 e 2013. As suspeitas são de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.