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PF faz operação para apurar supostas irregularidades em compras para hospitais da prefeitura de SP

06 ago 2020, 13:36 - atualizado em 06 ago 2020, 13:36
Policia Federal
As compras sem licitação somaram 11,1 milhões de reais, de acordo com a Polícia Federal (Imagem:REUTERS/Sergio Moraes)

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira operação para apurar supostas irregularidades na compra de aventais descartáveis para abastecer os hospitais gerenciados pela prefeitura de São Paulo, com o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão, incluindo na sede da Autarquia Hospitalar Municipal, informou a PF em nota.

Segundo a PF, as possíveis fraudes, identificadas com ajuda do Tribunal de Contas da União (TCU), teriam sido feitas em contratações emergenciais realizadas com recursos federais destinados ao combate à pandemia de Covid-19, doença provocada pelo coronavírus.

As compras sem licitação somaram 11,1 milhões de reais, de acordo com a Polícia Federal.

“Até o momento, apurou-se que durante o processo para a contratação, algumas empresas foram desclassificadas sob argumentos que depois foram ignorados na assinatura do contrato com as empresas investigadas. Há indicativos que o valor da contratação também foi superior ao praticado no mercado na mesma época”, afirmou a PF.

“Também foi identificada estreita ligação entre as empresas que participaram do processo, sendo que elas não tinham qualquer experiência ou capacidade técnica e operacional para a confecção de aventais médico-hospitalares, assim como uma das empresas contratadas.”

De acordo com a Polícia Federal, os crimes investigados são de fraude em licitação, associação criminosa e corrupção e peculato.

“Comprovados todos esses crimes, as penas somadas podem chegar a 25 anos de prisão”, disse a PF.

Em nota, a prefeitura de São Paulo disse que está à disposição da PF e da Justiça e que o prefeito Bruno Covas (PSDB) também solicitou acompanhamento do caso.

“A prefeitura de São Paulo está à disposição da Polícia Federal e do Poder Judiciário para contribuir com a investigação relativa à Autarquia Hospitalar Municipal”, afirma a nota.

“O prefeito Bruno Covas determinou que o controlador-geral do município acompanhe o caso e não só se coloque à disposição da PF, mas também solicite o compartilhamento de informações e encaminhe providências internas de apuração de eventuais responsabilidades.”

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