Política

PF apreende arsenal em operação de atos antidemocráticos

16 dez 2022, 17:03 - atualizado em 16 dez 2022, 17:03
Apoiadores de Bolsonaro em Brasília
Segundo balanço da PF, 29 armas, 7.063 munições, 40 celulares e outros equipamentos foram apreendidos em uma das ações. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A Polícia Federal apreendeu um arsenal de armas de grosso calibre em locais de pessoas que foram alvos da maior operação contra atos antidemocráticos de quinta-feira ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo balanço da PF, 29 armas, 7.063 munições, 40 celulares e outros equipamentos foram apreendidos em uma das ações.

Imagens vistas pela Reuters nesta sexta-feira indicam que, entre os armamentos retidos, havia ao menos duas submetralhadoras e quatro rifles com luneta.

Foram realizadas duas prisões em flagrante.

O ministro Alexandre de Moraes determinou uma série de medidas em oito Estados e no Distrito Federal como mandados de prisão, de busca e apreensão, além de quebras de sigilo bancário, suspensão de certificados de registro de colecionadores de armas e bloqueio de contas bancárias, segundo comunicado do Supremo da véspera.

“Os grupos propagaram o descumprimento e o desrespeito ao resultado do pleito eleitoral para presidente e vice-presidente da República, proclamado pelo Tribunal Superior Eleitoral em 30 de outubro último, além de atuar pelo rompimento do Estado Democrático de Direito e instalação de regime de exceção, com a implantação de uma ditadura”, disse o STF.

Após a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pelo TSE na segunda-feira, apoiadores de Bolsonaro munidos de paus, pedras e fogos de artifício tentaram invadir o edifício-sede da PF em Brasília para contestar a prisão, por ordem do STF, de um líder indígena bolsonarista acusado de “envolvimento em protestos antidemocráticos”.

A onda de violência ocorreu em meio a manifestações de simpatizantes de Bolsonaro em frente a unidades das Forças Armadas em vários pontos do país pregando o desrespeito ao resultado das eleições e uma intervenção militar o que seria um golpe, já que não existe previsão legal para isso.

A operação de quinta-feira ocorreu no âmbito dos inquéritos que apuram atos ilegais e antidemocráticos, abusos em ataques ao STF e financiamento de milícias digitais, entre outros pontos. A ação foi dividida em duas decisões de Moraes.