Petz (PETZ3) acumula queda de 25% no ano; saiba o que Genial indica fazer com a ação
A Genial Investimentos anunciou em relatório divulgado nesta quarta-feira (9) um novo preço-alvo para os papéis da Petz (PETZ3) de R$ 19, considerando o cenário macroeconômico mais desafiador.
Mesmo com os papéis acumulando queda de 25% no ano, a corretora reforçou sua recomendação de compra.
Por que caiu?
O desempenho da ação reflete o momento conturbado que o mercado vive, impactando, sobretudo, as empresas de varejo e tecnologia.
A inflação também alimenta as incertezas dos investidores, que, de forma geral (principalmente estrangeiros), vivem um momento de aversão a risco.
“Isso os leva a procurar investimentos menos dependentes de alto crescimento”, destaca o analista Adriano Castro.
Para o analista, outro fator que pode ter impulsionado a desvalorização foi a venda de Sergio Zimerman (CEO da Petz) de R$ 192 milhões de ações da companhia.
Castro explica que, quando o fundador de uma empresa vende suas ações, é um sinal de alerta pois, pode indicar que a pessoa que teoricamente mais conhece do negócio acredita que a ação já chegou ao seu preço justo.
“Contudo, Zimerman deu justificativas coerentes a respeito da venda. Além disso, essa foi apenas uma pequena parcela das ações que o executivo possui – ele ainda tem 122 milhões de ações da Petz, equivalente a cerca de R$ 1,4 bilhão”, pontua o analista.
Futuro próspero
No curto prazo, a Petz ainda pode sofrer por questões macroeconômicas e falta de consumo no país, avalia a Genial. Porém, o futuro da empresa parece promissor.
A corretora acredita que vale a pena investir na varejista pensando em um prazo mais longo, visto que a Petz está cumprindo suas metas de crescimento e se consolidando cada vez mais como a líder do setor de produtos e serviços para pets no Brasil.
Os papéis são negociados a um múltiplo P/L de 59x para 2022, “patamar relativamente alto, indicando que o mercado ainda antecipa o crescimento robusto da companhia”, destaca a Genial.
Valor no longo prazo
A Genial destacou cinco pontos que reforçam a ideia de que a Petz agregará valor para o acionista a longo prazo:
- Abertura de lojas segue em linha com a projeção da Petz, que abriu dez novas lojas no 1T22 (vs. cinco aberturas no 1T21) e divulgou no seu guidance que abrirá um total de 50 novas até o fim do ano;
- O setor de pet care no Brasil ainda é muito fragmentado – Petz e Cobasi (que são as líderes do setor), juntas, possuem apenas 14% do market share total do setor, sendo a Petz a líder, com 7,5%. Isso é oportunidade para a empresa se consolidar cada vez mais;
- Estratégia de crescimento via M&A (aquisições): a Petz realizou três aquisições relevantes desde o seu IPO, sendo a principal delas a da Zee.Dog;
- Serviço diferenciado, com uma estratégia omnichannel que integra vendas físicas com vendas online e que vem ganhando cada vez mais participação das vendas digitais totais da companhia; e
- Alavancagem reduzida (agora em -1,3x dívida líquida/Ebitda) significa que a companhia tem mais caixa do que dívida e, portanto, está capitalizada e com espaço para investir em novos negócios/investir internamente.
Disclaimer
O Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.
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