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PetroRio vai do lucro ao prejuízo no 2° trimestre e amarga R$ 99,8 milhões

04 ago 2020, 10:49 - atualizado em 04 ago 2020, 14:43
O Ebitda, que mede a geração operacional de caixa da empresa, conseguiu crescer 6% em relação ao 2° trimestre de 2019 (Imagem: Reuters/Nerijus Adomaitis)

A PetroRio (PRIO3) deixou para trás o lucro de R$ 128,2 milhões, obtido durante o 1° trimestre de 2020, e agora contabiliza um prejuízo de R$ 99,8 milhões no intervalo de abril a junho. Na comparação com o mesmo trimestre de 2019, observa-se um tombo de 160%, quando a empresa havia registrado lucro de R$ 164,7 milhões.

Conforme a divulgação de resultados, a empresa somou R$ 312,3 milhões em receita líquida, uma queda de 43% em relação aos R$ 548,2 milhões aferidos um ano antes.

Segundo a empresa, o principal responsável pela baixa foi a forte queda nos preços do petróleo tipo Brent, que desvalorizou cerca de 51% em 2020. A redução do volume vendido no campo de Polvo também pesou no desempenho do período.

“Como principal destaque do trimestre, o lifting cost (custo de extração) por barril da companhia apresentou melhora pelo sexto trimestre Entre abril a junho de 2020, o indicador apresentou uma redução de 43% contra 21% frente ao último trimestre de 2019″, destaca a PetroRio no balanço.

A melhora ano contra ano se deve principalmente à racionalização de custos operacionais em Frade e Polvo, onde foram realizadas contínuas iniciativas de redução e readequações dos contratos ao longo dos últimos 12 meses, e ao aumento de produção no campo de Polvo para o patamar de 11 mil barris diários.

O Ebitda, que mede a geração operacional de caixa da empresa, conseguiu crescer 6% em relação ao 2° trimestre de 2019, em que a empresa gerou R$ 321,8 milhões e R$ 302,6 milhões, respectivamente.

Conclusão da aquisição do campo Tubarão Martelo

Petrorio
A conclusão da aquisição permitirá a interligação entre os campos, simplificando o sistema de produção e criando um polo produtor na Bacia de Campos (Imagem: Wikimedia Commons)

No dia 3 de agosto, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) deu sinal verde à PetroRio em relação ao contrato de concessão do campo Tubarão Martelo. Com o aval, a companhia passa a deter 80% do campo.

“A aquisição gera sinergias significativas entre os campos Polvo e Tubarão Martelo, reduções do custo de extração e extensão da vida econômica das áreas exploratórias até 2035″, enfatiza o comunicado.

A conclusão da aquisição permitirá a interligação entre os campos, simplificando o sistema de produção e criando um polo produtor na Bacia de Campos. Com a cessão da operação à PetroRio, os custos dos dois campos agregados, que em 2019 ultrapassaram US$ 200 milhões por ano, cairão para aproximadamente US$ 120 milhões.

Após a conclusão da interligação, estimada para meados de 2021, a PetroRio continuará responsável por 100% dos custos, porém, sem o ressarcimento da Dommo (DMMO3).

Nesta nova fase, a PetroRio terá o direito sobre 95% do óleo do polo Polvo + Tubarão Martelo até os primeiros 30 milhões de barris.

O campo de Tubarão Martelo alcançou seu pico de produção em 2014, atingindo 14 mil barris de óleo por dia.

Desde que iniciou a produção do campo, a Dommo, como operadora do ativo, manteve altos índices de eficiência operacional, segurança e resiliência em períodos de baixo preço do óleo tipo Brent.

Veja o comunicado:

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