PetroReconcavo (RECV3): XP calcula retornos de dividendos de 17% em 2025; veja perspectivas para a petrolífera
A XP Investimentos cortou o preço-alvo para as ações da PetroReconcavo (RECV3) de R$ 27,70 para R$ 22, implicando em um potencial de alta de 34%, considerando o preço de fechamento no dia 02 de dezembro de 2024.
Apesar da revisão negativa, as ações RECV3 encerraram o pregão com alta de 1,22%, a R$ 16,61, nesta terça-feira (3) com impulso do petróleo.
Os analistas da casa apontam que a premissa de preços mais baixos do petróleo tipo Brent é a responsável pela redução das estimativas para a petrolífera. No entanto, permanecem com recomendação de compra.
A tesoura no preço-alvo se deve a uma premissa do Brent em US$ 70 por barril, além de uma revisão para baixo da curva de produção, uma vez que a produção da PetroReconcavo em 2024 ficou aquém das expectativas, pontua a XP.
A casa mantém a classificação de compra para a companhia, sustentada pela robusta geração de caixa e sólido balanço patrimonial da companhia.
“Além disso, do ponto de vista de estratégia de portfólio, apreciamos as receitas em dólares da PetroReconcavo, dadas as atuais incertezas macroeconômicas. Os riscos para a tese de investimento incluem a execução do ramp-up da curva de produção, a inflação do capex e os preços do petróleo potencialmente mais baixos”, avaliam.
Para os analistas, a recente retomada da atividade de perfuração corrobora para a capacidade da empresa de acelerar o desenvolvimento de reservas em 2025. A empresa mantém sua meta de produção para o final do ano de aproximadamente 30 mil boed (barris por dia), em conjunto com os relatórios de certificação de reservas.
No entanto, a XP avalia que atingir essa meta dependerá do desempenho dos novos poços, o que continua difícil de prever. Dessa maneira, a casa adota uma abordagem mais conservadora, estimando uma produção de 27 boed no quarto trimestre de 2024.
PetroReconcavo: uma boa pagadora de dividendos
Na visão da XP Investimentos, a PetroReconcavo é uma boa pagadora de dividendos e o foco dos investidores mudará para os rendimentos nos próximos trimestres.
Os analistas recordam que, recentemente, a petrolífera anunciou o pagamento de R$ 370 milhões, representando um rendimento de 7,2%, acompanhado de juros sobre o capital próprio (JCP) de R$ 410 milhões anunciados no segundo trimestre de 2024, elevando o yield (rendimento) total para cerca de 17% no ano.
A empresa não sinalizou planos de adotar uma política formal de dividendos, lembram os analistas, uma vez que continua a priorizar a flexibilidade da estrutura de capital para buscar oportunidades de crescimento orgânico e possíveis acordos de M&A (fusões e aquisições).
“No entanto, acreditamos que há um amplo espaço para distribuição aos acionistas, sustentado por uma forte geração de caixa e baixa alavancagem. De modo geral, esperamos que a PetroReconcavo apresente yields de dividendos de 17% e 18% em 2025 e 2026″, conclui a XP.
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