PetroReconcavo (RECV3) caiu demais? Veja por que este banco recomenda comprar em meio à derrocada do petróleo
O petróleo testa novamente recuperação nesta quinta-feira (14), após o forte baque das últimas semanas. A commodity chegou à mínima de cinco meses na terça por receios de persistente excesso de oferta, mesmo após cortes de produção realizados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, que formam a Opep+.
Além do temor do lado da oferta, agentes do mercado avaliavam riscos de desaceleração das potências mundiais China e Estados Unidos, o que poderia impactar negativamente a demanda já no início de 2024.
Isso foi atenuado nos últimos dias pela decisão do Federal Reserve (Fed) de manter os juros americanos inalterados, na atual faixa dos 5,25-5,50%. No comunicado da decisão, o banco central dos EUA também sinalizou o início dos tão aguardados cortes em 2024.
Juros menores reduzem os custos de empréstimos aos consumidores, o que pode impulsionar a economia e, consequentemente, levantar a demanda pelo petróleo.
Uma atualização otimista em meio à queda do petróleo
Apesar do alívio das últimas sessões, o petróleo segue longe das máximas do ano. O barril do Brent, que chegou a superar os US$ 95 em setembro, é negociado abaixo dos US$ 80. Enquanto isso, o petróleo do tipo WTI, dos EUA, com a disparada hoje, estancou parte da sangria e opera pouco acima dos US$ 70.
Em meio à derrocada da commodity, uma instituição resolveu atualizar a tese de uma petroleira com perspectivas mais otimistas, incluindo até uma nova recomendação de compra.
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Nesta semana, o UBS BB elevou a PetroReconcavo (RECV3) por um principal motivo: a ação caiu demais.
Com perdas acumuladas de 40% em 2023 devido à falta de gatilhos maiores ao longo do ano, o banco de investimento passou a enxergar um potencial de valorização atrativo para RECV3. O UBS BB tem um novo preço-alvo de R$ 30 para o papel, o que implica um potencial upside de 43,5% em relação ao preço atual.
“Acreditamos que a companhia será capaz de superar seus desafios, desobstruir a capacidade de saída e produção crescente, a 35-42 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2024-25 (vs. 28 mil (boed) no terceiro trimestre de 2023, com suporte de preços de petróleo a US$ 75-85 o barril”, afirma o time de analistas.
Novo CEO a partir de janeiro
O UBS BB faz questão de mencionar também a mudança recente de CEO. Marcelo Magalhães, que atua há mais de 10 anos na companhia, passará o cargo para José Firmo em 1º de janeiro de 2024.
Com mestrado em Administração de Empresas pela Rotterdam School of Management, Erasmus University, José Firmo atua há mais de 30 anos na indústria do petróleo. Passou por empresas como Schlumberger e Seadrill e, entre 2017 e 2019, foi presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), além de presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços do Setor de Petróleo e Gás (Abespetro) em 2016 e 2017.
O UBS BB pondera que, embora Firmo não tenha expertise em liderança de operadores de óleo e gás, ele possui conhecimento em áreas relacionadas, como logística e serviços de petróleo, o que “pode apoiar a necessidade da companhia de desobstruir o crescimento de produção.
*Com informações da Reuters.