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PetroReconcavo (RECV3): Ações engatam alta com potencial para dividendos em evidência

11 nov 2024, 12:30 - atualizado em 11 nov 2024, 12:30
petróleo
Ações da PetroReconcavo performam em alta no pregão desta segunda-feira (11) (Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo)

As ações da PetroReconcavo (RECV3) engataram mais um dia no positivo, performando entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) no pregão desta segunda-feira (11).

A petrolífera reportou seu balanço referente ao terceiro trimestre de 2024 (3T24) na quinta-feira (7), após o fechamento do mercado. Na sexta-feira (8), os papéis RECV3 terminaram a sessão com alta de 2,62%, a R$ 17,63.

Por volta de 12h20, os papéis subiam 4,03%, a R$ 18,34.



Analistas não tiveram grandes surpresas com os números do balanço, enquanto os dividendos anunciados pela companhia roubaram a cena e animaram o mercado.

A companhia anunciou o pagamento de R$ 379 milhões em dividendos. O valor por ação será de R$ 1,293078. O pagamento será realizado aos acionistas no dia 26 de novembro de 2024.

Farão jus ao recebimento dos dividendos os acionistas inscritos nos registros da companhia em 12 de novembro de 2024, sendo que as ações serão negociadas “ex-dividendos” a partir de 13 de novembro de 2024.

Analistas do Bradesco BBI Ágora Investimentos destacam que, com o anúncio, o valor total em dividendos neste ano já soma R$ 806 milhões, representando um rendimento de dividendos de 16%, dado o atual valor de mercado.

“O rendimento de 15% neste ano é certamente difícil de ignorar, pois está no mesmo nível de pesos pesados do setor, como a Petrobras, e, se há uma coisa que o desempenho das ações da Petrobras nos últimos dois anos mostrou, é o valor de uma jogada de dividendos no setor de petróleo, especialmente em um mercado volátil como o Brasil”.

Dessa forma, os analistas veem como altamente possível um pagamento recorrente de dividendos nesse nível, dada a considerável geração de caixa, mesmo em um cenário de baixa do petróleo devido ao hedge e à exposição a contratos de gás natural com preços fixos.

“Com pagamentos recorrentes de dividendos, a tese de investimento em PetroReconcavo provavelmente se tornaria mais atraente, com as ações provavelmente captando mais fluxos de investidores. Atualmente, esperamos R$ 711 milhões em pagamentos de dividendos no próximo ano, o que implicaria em um dividend yield de 12%”.

O BTG Pactual vê como possível um aumento substancial dos dividendos em 2025, a menos que as taxas internas de retorno de quaisquer fusões e aquisições potenciais sejam significativamente geradoras de valor. Tendo em vista o perfil conservador de alocação de capital da empresa, o BTG tem recomendação de compra para a PetroReconcavo. O preço-alvo é de R$ 31.

A XP Investimentos também destacou os dividendos, lembrando que essa distribuição se soma aos juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 410 milhões anunciados no segundo trimestre de 2024, totalizando um yield de 15% até o momento no ano.

“Em nossa opinião, essas distribuições são consistentes com o balanço patrimonial desalavancado da RECV”, comentam.

Números do terceiro trimestre da PetroReconcavo

A petrolífera reportou um Ebitda de R$ 439 milhões no terceiro trimestre de 2024, em linha com o consenso. Analistas do BBI e Ágora destacam que o Ebitda praticamente estável da empresa foi principalmente resultado de:

  • (i) R$ 24 milhões em receitas do segmento de plataformas e serviços (RSO) de R$ 7 milhões no 2T24;
  • (ii) receitas de petróleo estáveis, tendo em vista que a taxa de câmbio mais alta mais do que compensou os preços realizados de petróleo 6% mais baixos;
  • (iii) receitas de gás natural 2% mais altas, refletindo uma redução de apenas 2% no preço realizado do gás, já que a maioria dos volumes contratados incluía uma taxa fixa, diminuindo a exposição direta aos preços do Brent, o que compensou um aumento de 7% em custos e despesas, alimentado principalmente por maiores custos de serviços e materiais, o que refletiu um aumento do custo de elevação para US$ 13,80/barril de US$ 12,62 no trimestre anterior.

Já o lucro líquido chegou a R$ 159 milhões, uma alta de 17% na base anual, devido a um menor impacto da variação cambial nos resultados financeiros, que totalizaram R$ 40 milhões no terceiro trimestre de 2024, ante 216 milhões no segundo trimestre.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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